Orientador educacional: um advogado do aluno dentro e fora da escola

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facebook_-571141541Acostumado a lidar com todo tipo de desafio dentro e fora da escola, o pedagogo-orientador educacional também enfrenta dificuldades na luta profissional. Um deles é a luta por mais orientadores na rede pública de ensino do Distrito Federal. A rede conta, hoje, com cerca de 500 mil alunos e menos de 700 profissionais da área, valor que dá um orientador por escola. O número está longe da meta ideal que, segundo a estabelecida pelo Sinpro, é de um pedagogo-orientador para cada 300 estudantes. De acordo com a diretora do Sinpro, Meg Guimarães, a Portaria nº 32/2013 prevê um aumento no quantitativo de orientadores.
“A Portaria prevê que a cada 500 alunos tenha um orientador, ou seja, deveríamos ter mais 500 profissionais para suportar esta demanda”, esclareceu a diretora, complementando que o Sindicato também luta pelo acréscimo do cadastro reserva do último concurso público. “Estamos pleiteando um cadastro reserva de 500 orientadores, já que atualmente é de 50. Temos escolas com três mil alunos e apenas um orientador. Isto é muito pouco”, lamenta.
Outra dificuldade encontrada pelos orientadores é com relação ao trabalho na escola. Em muitas escolas o profissional não tem um local apropriado para ouvir os alunos. A deficiência afeta diretamente o desempenho do orientador, que precisa de um espaço adequado para trabalhar. Segundo Meg Guimarães, existe uma lei orgânica (nº 84/2014) que garante este espaço, mas ainda não foi implementada.
Para o futuro a diretora do Sinpro vê grandes desafios pela frente. Entre eles estão a luta pela garantia de direitos fundamentais, como o da aposentadoria especial, e o direito do orientador receber a gratificação de ensino especial, já que muitas vezes lida com alunos especiais. Apesar das lutas e dificuldades a profissão é gratificante. “Pelo fato do orientador ser um mediador do processo pedagógico, ele termina tendo um papel fundamental e pode contribuir para o processo de ensino e aprendizado. Ficamos muito gratificados quando vemos que um aluno consegue sair de um quadro de abandono social ou de deficiência pedagógica”, explica Meg, finalizando que “o orientador é uma espécie de advogados dos alunos dentro e fora da escola”.
 
Orientadora: Meg Guimarães
Cargo: Diretora do Sinpro-DF
 
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