Em ato nesta quarta (7), magistério mostra que não aceitará o descumprimento do acordo de greve

Os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais começaram o ano letivo denunciando o descumprimento do acordo de greve  por  Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal (DF). Nesta quarta, cerca de 2 mil pessoas participaram de um ato na Rodoviária de Brasília onde a categoria dialogou com a população e denunciou o descaso do governador com a educação pública no DF.  A ação faz parte de campanha que segue com uma série de ações públicas, como a divulgação de faixas, outdoors, além de vídeos na TV aberta e ações nas redes sociais.  O magistério não aceitará o descumprimento das reivindicações acordadas na Greve de 2023. 

O governador proibiu a participação dos professores(as) temporários na Semana Pedagógica e não nomeou todos os aprovados no último concurso. Com o veto aos temporários, Ibaneis inviabilizou a realização da Semana Pedagógica, imprescindível para o planejamento anual do ensino dos(as) estudantes, pois, a cada dez professores, sete trabalham em regime temporário.

“Nós estamos aqui na rodoviária denunciando o governador Ibaneis e a irresponsabilidade da SEE-DF, que inicia mais um ano letivo com a falta de professores, com salas superlotadas, professores em defasagem salarial, contratos temporários em situação precarizada e uma lista de convocação esperando que o governador cumpra o acordo que fez com a categoria. Ibaneis e tenha responsabilidade com a educação pública do Distrito Federal”, disse a diretora do Sinpro-DF, Élbia Pires.  

Mantendo o seu projeto de desmonte do ensino público, Ibaneis nomeou apenas 796 dos(as) aprovados(as) do único concurso público realizado em seus mandatos, mesmo com um déficit de mais de 9 mil profissionais na educação pública. A falta de professores(as) efetivos(as) e orientadores(as) educacionais na carreira do magistério prejudica a comunidade escolar, que têm professores trabalhando com precariedade e a descontinuidade do ensino. 

“Nós queremos uma Secretaria de Educação organizada, que convoque todos os professores que estão no cadastro de reserva, todos que estão habilitados, não aguentamos mais esse descaso. Secretária Helvia Paranaguá, se não sabe administrar, então saia já!”, disse Ana Cristina Machado, diretora do Sindicato, durante o ato.

A categoria aponta que o sucateamento da educação pode ser observado nas salas de aulas superlotadas, professores (as) desmotivados(as) e escolas precarizadas, sem ventilação adequada e infestadas com o mosquito da dengue. Há o risco de falta de merenda e a Educação de Jovens e Adultos está em colapso. Além disso, não há garantias de atendimento a estudantes especiais. Desde 2015, os valores empenhados em Educação diminuíram de 40% (percentual atualizado pela inflação).  

“Falta merenda, tem escola que o aluno só tem direito a uma alimentação. A EJAIT está sendo desmontada por esse governo. As escolas estão tendo que sair às ruas para fazer a busca ativa”, disse Márcia Gilda, diretora do Sinpro-DF., que denuncia que Ibaneis fechou turmas da EJAIT inseriu turmas multi etapas e multisseriadas, e  trabalha para adotar a Educação a Distância (EaD), o que inviabiliza este ensino no DF. O Conselho de Alimentação Escolar do DF rejeitou  as contas relacionadas com as merendas escolares, por falta de documentação viável que comprove o uso de 42% do recurso recebido do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

A Polícia Militar, que acompanhou o ato, mais uma vez, tentou impedir a manifestação da categoria ao impedir que os manifestantes estendessem uma faixa da campanha, mas a categoria resistiu e defendeu o seu direito à manifestação.  

O Sinpro-DF segue com a categoria em luta pelo cumprimento do acordo de greve e demonstrando para a sociedade o descaso de Ibaneis com a Educação. A campanha continua e a categoria precisa do engajamento de todos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais para que os(as) alunos(as)  tenham educação de qualidade e uma vida digna em nossa comunidade escolar. 

 

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