Campanha Convoca Já chega às escolas da rede distrital

A campanha Convoca Já vem tomando as ruas do Distrito Federal em vários formatos. Uma série de ações vêm ocorrendo, outras tantas irão ocorrer. Agora, por exemplo, as escolas estão sendo tomadas pelo movimento.

Os diretores e as diretoras do Sinpro estão em visitação às unidades escolares da rede, e recebem o apoio de docentes e estudantes, que entendem no dia a dia a importância da Campanha Convoca Já.

Não é aceitável que 2/3 dos profissionais em regência de classe na rede distrital de educação atuem sob regime de contratação temporária. São profissionais com as mesmas capacidades e demandas dos efetivos, mas eles não têm progressão de carreira – o que, com o passar do tempo, se traduz em achatamento salarial dentre outras precarizações.

São profissionais com as mesmas exigências dos efetivos, que são sistematicamente desvalorizados pelas políticas do GDF. São profissionais submetidos a ainda mais estresse devido às fragilidades no vínculo laboral, que adoecem com muito mais frequência.

A gestão da educação do GDF se traduz em 2/3 de profissionais em regime de contrato temporário, ante a quantidade de matrículas de estudantes que aumenta ano após ano e profissionais que se aposentam. E não há estudos ou projeções acerca da evolução desses números, o que se traduz em ausência de previsão de concurso público, que só sai mediante muita pressão dos sindicatos. É o caos.

Segundo pesquisa do Dieese, a região Centro-Oeste é a que mais apresenta número de profissionais com vínculos não estáveis de trabalho – mas esse quadro vem crescendo em todas as outras regiões.

“Desde 2016, está em curso um projeto político de Estado Mínimo para a Educação. Esse processo vem sendo respaldado por uma série de leis que desregulamentam e precarizam as relações de trabalho. Em nome da modernidade e do estado mínimo, acabou-se com direitos históricos que garantiam proteção ao trabalhador – no caso da educação pública, diminuiu o número de vagas efetivas em concursos público. Essa estratégia tipicamente neoliberal vem sendo questionada até mesmo nos Estados Unidos, com as greves do setor automotivo daquele país”, afirma a diretora do Sinpro Ana Bonina.

Uma das exigências do acordo para a suspensão da greve de 2023 foi a convocação de todas as pessoas aprovadas no concurso de 2022 – tanto em vagas imediatas quanto em cadastro reserva. Isso equivale a 2.870 pessoas contratadas (ante quase 16 mil atuais contratos temporários).

Campanha nas ruas

Em outras frentes de ação nas ruas do DF, uma série de outdoors estão em veiculação por toda a cidade pedindo a imediata convocação dos aprovados.

Na quarta-feira (27/9), diretores(a) do Sinpro e a comissão de aprovados(as) no Concurso 2022 fizeram vigília no Shopping ID, onde fica a sede da Sugep, durante reunião da Comissão de Negociação do sindicato com a Secretaria de Educação.

Na terça-feira (26/9), a diretoria colegiada do Sinpro, acompanhada da comissão de aprovados(as), visitou os gabinetes de parlamentares distritais para pedir apoio a duas pautas fundamentais à educação pública do DF: a nomeação imediata dos(as) aprovados(as) e a derrubada de vetos do governador Ibaneis Rocha (MDB) à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), encaminhada no primeiro semestre.

No dia 25/9, os e as profissionais aprovados(as) no Concurso 2022 lotaram o auditório do Sinpro no Plano Piloto, para definir as estratégias da campanha.

Em breve, o Sinpro mobilizará os aprovados para acompanhar as discussões na Câmara Distrital a respeito da Lei Orçamentária Anual (LOA). Fiquem atentos!

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