Trabalhadoras da educação organizam os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres

Trabalhadoras da educação de todo país se reuniram nesta quinta-feira (17) para organizar os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres, que começa no próximo dia 20 de novembro. O Coletivo de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) também debateu a conjuntura política e os desafios da categoria para o próximo período.

Socióloga, mestre e doutora em Sociologia, Professora universitária e diretora da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM), Nágyla Drumond, trouxe para o debate os últimos acontecimentos no país, como as eleições, a destruição que Bolsonaro fez no país, nos direitos e nas conquistas da classe trabalhadora, a participação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, na COP 27, e, claro, sobre os 21 dias de ativismo e os desafios das mulheres para o próximo período.

As dirigentes sindicais de todo país, que participaram do coletivo, falaram sobre as ações regionais e coletivas que vão acontecer para o combate a violência contra mulher.

Em São Paulo, mais especificamente em Campinas, as mulheres ainda estão se organizando para preparar as ações dos 21 dias de ativismo junto com a CUT organizadas em quatro grupos de professoras. No Piauí a campanha começa no Palácio do Governo e várias atividades unificadas acontecerão por diversas regiões do estado. No Rio Grande do Sul, a luta acontece em parceria com o Conselho Municipal de Mulheres com oficinas e encontros em diversos bairros.

Em Alagoas está previsto o lançamento da cartilha lilás, na qual informa como e onde se pode denunciar a violência contra mulher, entre outras atividades, que vão desde mobilizações e um encontro estadual de mulheres. Em Rondônia, as 11 regionais do Conselho Estadual da Mulher vão promover atividades e debates sobre o tema. Ainda estão acontecendo reuniões de organização para as atividades dos 21 dias de ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulher em diversos estados. [em breve mais informações]

A Secretária de Relações de Gênero da CNTE, Berenice D’Arc Jacinto, que comandou o coletivo, ouviu atentamente as demandas e reforçou a importância da construção coletiva das mulheres nos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres e também em todo os quatro anos de governo Lula.

“Fizemos nossa maior tarefa de resistir e lutar no governo Bolsonaro nos últimos anos e agora teremos a missão de permanecer na luta no governo Lula, porque não será fácil e teremos que ficar atentas. E que juntas, cada um em seu estado ou município, a gente consiga fazer uma grande campanha dos 21 dias de ativismo dialogando com a população e que seja a nossa cara”, destacou.

Sobre os 21 dias de ativismo

A edição 2022 da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” começa no próximo dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra no Brasil.
Internacionalmente, a campanha é chamada de “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” – começa em 25 de novembro (Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres) e termina em 10 de dezembro, data da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Realizada anualmente em cerca de 150 países, a campanha tem por objetivo conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra mulheres e propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade.

A mobilização é empreendida por diversos atores da sociedade civil e do poder público e contempla as seguintes datas principais:

20 de novembro – Dia da Consciência Negra (início da campanha no Brasil);
25 de novembro – Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres;
29 de novembro – Dia Internacional dos Defensores dos Direitos da Mulher;
1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids;
3 de dezembro – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência;
6 de dezembro – Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (campanha do Laço Branco);
10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos e encerramento oficial da campanha.