Sinpro recepciona profissionais do magistério que conquistaram 40 horas; luta continua
O Sinpro recepcionou nesta quinta-feira (18), na Eape, mais de 200 professores(as) e orientadores(as) educacionais da rede pública de ensino que assinaram o termo de ampliação de carga horária para 40 horas semanais. A conquista é resultado da Greve da Educação, realizada no ano passado.
“A gente fez questão de estar aqui hoje para compartilhar a alegria de vocês. E a luta continua por mais vitórias! Foi uma greve de 22 dias, uma greve difícil, mas que vem resultando em avanços. Entre eles, a ampliação da carga horária para pessoas que esperavam há mais de dois anos por isso”, disse a diretora do Sinpro Márcia Gilda.
A orientadora educacional Edilsa Nogueira Venâncio foi uma das que conquistaram a ampliação da carga horária para 40 horas. Emocionada, ela conta que a vitória foi determinante para sua vida. “Eu passei por uma situação que eu perdi a minha casa. Agora, estou comprando a minha casa de uma outra pessoa, que comprou a casa em um leilão. Então, para mim, (a ampliação da carga para 40 horas) é indispensável para aumentar a renda no banco”, diz.
Além do impacto financeiro, a orientadora educacional afirma que abriu o processo para ampliação da carga horária em maio de 2023 também por questões profissionais. “Eu amo trabalhar na educação. Eu gosto de fazer a diferença para as pessoas. A gente que trabalha na rede pública de ensino tem que ter essa noção da importância de dar toda atenção e instrução para nossos estudantes”, conta.
Filiada ao Sinpro desde 1999, ano que entrou na Secretaria de Educação do DF, Edilsa faz questão de ressaltar o papel no Sinpro na garantia da ampliação da carga horária para 40 horas semanais. “Se não fosse o Sinpro, a gente não conseguiria nada. A gente pede muito e, muitas vezes, a gente esquece de agradecer. Então eu quero agradecer ao Sinpro, a toda a diretoria, que lutou pela gente”, declara a orientadora.
No papel
A ampliação da carga horária para 40 horas semanais consta na Portaria 412, de 15 de abril. Entre outras determinações, o documento aponta que o(a) servidor(a) contemplado(a) deverá permanecer um ano na carência para qual for encaminhado(a) ou até o próximo Procedimento de Distribuição de Turmas/Carga Horária e Atribuição de Atendimento/Atuação.
A Portaria ainda deixa claro que, caso haja inexistência de carência em unidades da regional de ensino (CRE), o(a) servidor(a) poderá ter a ampliação efetivada em carência(s) definitiva(s) no âmbito de outra CRE.
“A nossa greve foi fundamental para esta conquista. Essa pauta fez parte do nosso acordo de greve, assim como a nomeação de todos e todas aprovados no concurso público, inclusive em cadastro reserva, e a realização de um novo certame. Caso contrário, a rede vai chegar em um estágio que tem mais professores em regime de contratação temporária que efetivos”, disse o diretor do Sinpro Samuel Fernandes, durante a recepção dos(as) servidores(as) que conquistaram a ampliação da carga horária para 40 horas semanais.
Outros pontos do acordo de greve fechado com o GDF já foram contemplados. Alguns estão em processo de tramitação e outros ainda não foram atendidos. Clique AQUI e veja em que pé estão os pontos do acordo de greve.
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