Sinpro recebe lançamento de curta sobre o rombo da dívida pública

O auditório do Sinpro no SIG recebe, no dia 1º/3 às 19h, o lançamento nacional do curta-metragem O Complô. O documentário, baseado em livro homônimo do Deputado Federal Constituinte Hermes Zaneti, revela manobras políticas por trás da dívida pública brasileira.

Após a sessão, haverá um debate com os convidados sobre esse esquema que beneficia os rentistas e as instituições, enquanto retira dinheiro do orçamento em educação, saúde e políticas públicas. Hermes Zaneti, Luiz Alberto Cassol e Roseli Faria (Analista de Planejamento e Orçamento) já estão confirmados para o debate.

A discussão sobre a gestão da dívida pública é um dos temas mais interditados dentro da sociedade brasileira. Na maior parte das vezes é “naturalizada” como um problema técnico-econômico a ser gerenciado de maneira responsável. O pagamento dos juros sobre o estoque da dívida enriquece os agentes financeiros e as elites, além de colaborar com a precarização da oferta e qualidade dos serviços públicos.

No período da feitura da Constituição de 1988, o Deputado Federal Constituinte Hermes Zaneti tentou estabelecer um artigo que auditasse as origens e o crescimento da dívida pública brasileira, que ultrapassou R$ 7,1 trilhões em 2022. As propostas foram barradas na época, mas inspiraram, 35 anos depois, a criação do curta-metragem O Complô.

Essa história tem raízes nos anos 70 e 80, que passou pelos debates e envolveu tramas às claras e às escuras na Assembleia Nacional Constituinte, em momentos narrados e fartamente documentados no livro “O complô – como o sistema financeiro e seus agentes políticos sequestraram a economia brasileira” (Verbena Editora; 280p., 2017), de Hermes Zaneti.

Contar essa história e revelar essas tramas é também desmascarar a narrativa daqueles atores que tentam vender para a sociedade que os nossos direitos sociais, conforme aprovados pela Assembleia Constituinte e dispostos na Constituição Federal de 1988 não cabem no orçamento público, e, portanto, teríamos que escolher entre aceitar a precária prestação de serviços públicos de saúde, educação, previdência, assistência social, transporte, moradia e cultura como vem ocorrendo, ou pagar para ter acesso ao serviços de melhor qualidade (escolas privadas, planos de saúde e de previdência privada, etc).

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