Sinpro e Conselho Tutelar levam ação de prevenção ao abuso sexual para EC 56 da Ceilândia

Contação de história, semáforo do corpo, bonecos e uma série de recursos pedagógicos foram utilizados para conversar com crianças da Escola Classe 56 da Ceilândia sobre prevenção ao abuso sexual. A ação realizada nessa quarta-feira (15), no Maio Laranja, foi desenvolvida pela Secretaria de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras do Sinpro, em parceria com o Conselho Tutelar do Gama.

 

 

A diretora do Sinpro Mônica Caldeira explicou que a ação considerou, sobretudo, o nível de desenvolvimento cognitivo e emocional dos(as) estudantes. “Utilizamos uma linguagem lúdica, didática para falar desse tema importantíssimo com as crianças. Usando a linguagem delas, falamos das partes íntimas do corpo, do toque que pode e que não pode, do respeito às meninas assim como também o respeito aos meninos. Crianças podem e devem saber de tudo, principalmente quando se trata de temas que podem torna-las vítimas”, disse.

A conselheira tutelar Ana Maria Soares utilizou a história “Pipo e Fifi”, de Caroline Arcari, para conversar com as crianças sobre prevenção de violência sexual. A obra ensina de forma descomplicada a diferenciar toques de amor de toques abusivos, apontando caminhos para o diálogo, proteção e ajuda.

 

Da esquerda para direita, as diretoras do Sinpro Regina Célia e Mônica Caldeira

 

“Falar de abuso sexual com as crianças é falar do corpo delas, que é delas. É falar das partes íntimas, que não podem ser tocadas. É falar que ela pode sim querer um carinho na cabeça, um abraço, mas que, a partir do momento em que ela não quer, ela não deve ser obrigada. Isso porque ela é um ser humano de direito”, conta a conselheira tutelar. Segundo Ana Maria, “o tabu da violência sexual é dos adultos, e não das crianças”.

 

A conselheira tutelar Ana Maria Soares dialoga de forma lúdica com crianças sobre prevenção ao abuso sexual

 

Professores(as) e orientadores(as) educacionais da EC 56 da Ceilândia também dialogaram com as dirigentes do Sinpro e o Conselho Tutelar sobre a temática de conscientização e prevenção ao abuso sexual de crianças e adolescentes. Além disso, a Secretaria de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras do Sinpro apresentou a cartilha “Convenção 190 OIT: Combater a violência e o assédio contra mulheres no local de trabalho”. (Leia AQUI a cartilha)

Para a diretora do Sinpro Regina Célia, “é dever do Sinpro lutar pela eliminação de obstáculos que as mulheres enfrentam para ter autonomia e liberdade”. “O Sinpro também luta por um DF e um mundo de igualdade. Portanto, não podemos nos eximir de fazer debates como o de violência, assédio moral e sexual. Combater isso é imprescindível para construir uma escola que forme seres humanos críticos, capazes de fazer um mundo de solidariedade e de igualdade. Se nós educadores e educadoras não tivermos total consciência disso, não conseguiremos levar essa consciência aos estudantes”, reflete.

 

 

A ação da EC 56 da Ceilândia compõe uma série de atividades que o Sinpro vem desenvolvendo ao longo deste mês de maio para somar na luta contra a violência e o abuso sexual de crianças e adolescentes.

 

Clique AQUI e veja o álbum da ação

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