Sinpro com as margaridas pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver

Professoras(es) e orientadoras(es) educacionais da rede pública de ensino do DF, organizadas pelo Sinpro-DF, marcharam junto com as margaridas de todo brasil nesta terça-feira (16/8), pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver.

“Por uma educação pública não sexista”; “por uma educação pública antirracista” e “na luta pela educação do e no campo!” foram algumas das lutas estampadas nas faixas e cartazes levados pela categoria do magistério público durante o trajeto da 7ª Marcha das Margaridas. Pautas essas que convergem com os eixos temáticos que orientam os processos formativos e debates políticos apresentados pelas margaridas.

“Marchamos com as margaridas pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver, como traz o lema dessa ação que reúne mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades de todo o país. Marchamos pela dignidade, pelos direitos, pela vida de todas as mulheres. Marchamos por uma educação pública que emancipe as mulheres do campo e da cidade. Esse é um momento único. A democracia voltou, e nós temos que seguir em marcha juntas, atentas e fortes”, afirma a diretora do Sinpro-DF Mônica Caldeira.

As mulheres da 7ª Marcha das Margaridas caminharam do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade até o Congresso Nacional, onde foram recebidas pelo Zé Gotinha, por ministras(os) de Estado e pelo presidente Lula.

“Estamos aqui para dizer: Lula, estamos contigo e queremos ajudar a reconstruir o Brasil”, disse de cima do palanque a secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Mazé Morais, coordenadora da 7ª Marcha das Margaridas. Segundo ela, essa marcha, diferente da de 2019, que foi a marcha da resistência, é a marcha pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver. “Costumamos dizer que quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”, afirmou Mazé, que emocionou Lula.

Em seu discurso, o presidente do Brasil destacou a linha de crédito exclusiva para mulheres no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a oferta de condições especiais de acesso a recursos para mulheres quilombolas e assentadas e outras medidas que são pautadas pelas trabalhadoras do campo, da floresta, das águas e das cidades de todo o país.

 

“Só faz sentido o Brasil se a riqueza do crescimento for distribuída, chegar a vocês, fazer a roda da economia girar e melhorar a vida das pessoas. Foi isso que fizemos uma vez e é isso que vamos novamente fazer”, disse Lula, aclamado pelas margaridas.

Já a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, assinou portaria para reinstalar o Fórum Nacional de Políticas para as Mulheres Agricultoras do Campo, da Floresta e das Águas, e outra portaria para implementar fórum de discussão que tratará de questões de mulheres pescadoras, marisqueiras e das águas. O objetivo é definir políticas para o setor.

As margaridas ainda ouviram do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, Paulo Teixeira, o anúncio do lançamento do Programa Emergencial de Reforma Agrária destinado a assentar 7,2 mil famílias, sendo 5,7 mil com novas terras e 1,5 mil com créditos fundiários. Segundo Teixeira, 40 mil famílias assentadas serão regularizadas e poderão ter acesso a títulos e créditos, e será liberado verba de R$ 300 milhões para crédito de instalação a famílias beneficiadas pela reforma.

A Marcha das Margaridas é realizada a cada 4 anos, e é a maior ação de mulheres da América Latina.

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