Resistência e esperança dão o tom deste Dia das Professoras e dos Professores

Mais do que nunca, o Dia da Professora e do Professor – 15 de outubro – deve ser lembrado. Não simplesmente como uma data comemorativa, mas como um dia que remonta a resistência e a esperança.

A categoria do magistério público é imprescindível para a transformação das vidas e do mundo. Mas, nos últimos anos, foi alvo de criminalização e desvalorização. Um projeto que desemboca em um trágico Brasil que traz as marcas do abismo educacional, da evasão escolar, do obscurantismo, das trevas.

Ebuliram projetos e propostas que têm como objetivo calar professores e professoras, travar melhorias em seus salários, desincentivar a admiração pela docência. Como consequência, a imposição de barreiras para que crianças e adolescentes se construam enquanto cidadãos críticos, emancipados e que sejam protagonistas das suas próprias histórias para fazer um Brasil mais justo e menos desigual. Estamos falando de projetos como o Escola Sem Partido, a educação domiciliar (homeschooling), o projeto da educação como atividade essencial para impedir o direito de greve, a reforma do ensino médio, a militarização das escolas, o voucher da educação.

Cenas sinistras, nunca antes imaginadas, foram registradas. Professoras e professores que defendiam a vida ao incentivar a vacinação contra a Covid-19 foram atacados e perseguidos. Aliás, as mesmas professoras e os mesmos professores que, sem a promoção de políticas públicas, tiraram recursos do próprio bolso e fizeram esforços hercúleos para que estudantes não fossem privados do direito à educação quando as escolas precisaram ficar fechadas para que a população se protegesse do vírus mais temido do século.

Paralelamente, a investida para arrochar salários foi feita tanto em âmbito federal como distrital. Enquanto o governo Bolsonaro resistia ao reajuste constitucional do piso do magistério público, o GDF recusava sem titubear a pauta financeira de professoras e professores, que amargam sete anos sem reajuste salarial.

Mesmo assim, a categoria do magistério público não desiste, e insiste no educar – que sempre será realizada em via de mão dupla. “Esse Dia da Professora e do Professor de 2022 traz a esperança. A educação é o caminho da liberdade. E cada professora e professor atua para fazer com que a humanidade evolua e todas as áreas do conhecimento avancem”, afirma o trecho do vídeo realizado pelo Sinpro-DF em ocasião do Dia das Professoras e dos Professores.

O material será veiculado na TV aberta e em salas de cinema do Liberty Mall para que toda a sociedade se some à luta em defesa da educação e dos seus profissionais, e se reflitam que um país que trata professoras e professores com descaso, é um país que impede o povo de ter perspectiva de futuro.

Além disso, a frase “Apaixonados por transformar, educando! Orgulho de ser professora e professor!”, com a imagem de Paulo Freire, estampa outdoors em todo Distrito Federal. A afirmação lembra toda a sociedade que a categoria não se intimida com os ventos do retrocesso, e avança, orgulhosa, em nome de um DF e de um Brasil feliz. E isso pode ser percebido na procura pelas faixas com os mesmos dizerem, que vêm sendo expostas em diversas unidades escolares DF afora (clique AQUI e saiba como pegar a sua).

Que a resistência e a esperança sempre nos mobilize e nos dê forças para recriar o mundo!

Viva as professoras e os professores do DF e do Brasil. Viva o 15 de outubro!

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