Pintura japonesa e educação como tema de evento no Riacho Fundo

Acontece na próxima sexta-feira (25/11) no CED Agrourbano Ipê, no Riacho Fundo, o evento “Sumi-ê: arte japonesa para a educação”, com exposição de trabalhos dos alunos. Trata-se de técnica de pintura baseada na tinta nanquim que tem origem na China e foi introduzida no Japão por monges budistas.

O trabalho com sumi-ê faz parte do projeto Equilíbrio, uma iniciativa do professor Leonardo Hatano, coordenador pedagógico do CED Agrourbano Ipê do Riacho Fundo II, em parceria com a orientadora educacional da escola, Hellen Rejane. Surgiu para contribuir para a saúde física e psíquica dos(as) adolescentes, com o emprego de técnicas como aromaterapia, heiki, auriculoterapia. Como parte do projeto, o professor Leonardo promoveu oficinas de sumi-ê.

Os dois educadores ressaltam que, após a quarentena imposta pela pandemia da covid-19, era notável que muitos estudantes apresentavam quadros de ansiedade e depressão. O projeto contou com todo apoio da diretora da escola, professora Sheila Pereira Mello.

As aulas de sumi-ê foram ministradas também pela professora Hiromi Takano para os alunos selecionados no projeto, em parceria com o sumi-ê Brasil. O Embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, também praticante da arte sumi-ê, estará presente no evento do CED Agrourbano Ipê.

O Sr. Hayashi esteve na escola no início do projeto, a convite da professora Hiromi Takano. Na ocasião, realizou uma oficina de sumi-ê para os estudantes. Ele ficou encantado em saber que alunos brasileiros praticam sumi-ê.

Para o professor Leonardo, o evento da próxima sexta-feira contribuirá para a divulgação da cultura japonesa no Brasil. “O objetivo do evento é valorizar nossos estudantes. Eles se dedicaram durante este ano, aprenderam técnicas de sumi-ê e, principalmente, tiveram uma mudança na forma de se perceber, de se expressar, fazer a gestão de suas emoções, conviver em sociedade”, explica.

Foram selecionados 20 estudantes para participar da oficina de sumi-ê (10 de cada turno). O evento “Sumi-ê: arte japonesa para a educação” marcará o encerramento do projeto, com a exposição das obras e a presença do Embaixador Teiji Hayashi.

Professor Leonardo conta que o projeto não faz parte do calendário da escola, pois depende de patrocínio para tanto: “O evento não faz parte do calendário da escola, porque foi uma parceria que começou este ano. Esperamos conseguir algum tipo de apoio financeiro para conseguirmos realizar o projeto no próximo ano. Os custos para a professora [Hiromi Takano] não são baixos. Os pinceis e as tintas são importados. Até o papel é importado (papel de arroz).”

O evento não será aberto ao público, mas a partir da última semana de novembro haverá exposição com visitas agendadas.