GDF não paga PDAF e escolas públicas do DF apresentam todo tipo de problemas

“A segunda parcela do PDAF, destinada à compra de materiais pedagógicos básicos, manutenção, compra de gás, dentre outras coisas, está atrasada há quase 3 meses em, praticamente, todas as escolas do DF”, informa Samuel Fernandes, diretor do Sinpro-DF. Só na Ceilândia, cerca de 50 escolas não receberam o recurso financeiro do  Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF) e enfrentam todo tipo de problema.

 

Fernandes verificou, pessoalmente, a situação e afirma que a responsabilidade por essa crise é toda do Governo do Distrito Federal (GDF) e não dos(as) gestores(as) porque as prestações de contas foram todas entregues em dia. “Esse dinheiro está fazendo falta. As escolas não têm papel para imprimir as atividades para os estudantes, precisam de dinheiro para a manutenção dos ventiladores e ares-condicionados, redes elétricas, resolver problemas nos telhados e até falta de gás, que sem ele vai afetar também o preparo da merenda escolar para os alunos”, alerta o diretor.

 

A denúncia foi feita por gestores(as) durante a reunião ordinária do Coletivo da Gestão Democrática, realizada, de forma virtual, nessa terça-feira (17). Na ocasião, além dos problemas gerados pelo não pagamento da segunda parcela do PDAF pelo Governo do Distrito Federal (GDF), os(as) gestores(as) apresentaram várias situações de demandas administrativas, pedagógicas e financeiras para a pauta sindical.

 

 

Os problemas nas escolas pela falta da segunda parcela do PDAF foram denunciados no jornal DF TV 1ª Edição, da Rede Globo, desta sexta-feira (20). Na reportagem, o DF TV mostrou que quase 50 escolas da Ceilândia estão sem o dinheiro do PDAF. Clique no link a seguir e confira a reportagem. https://g1.globo.com/df/distrito-federal/df1/video/gestores-de-escolas-publicas-reclamam-de-atraso-no-repasse-do-pdaf-12046005.ghtml

 

Em vídeos, o Sinpro mostra o exemplo do que ocorre em três escolas, lembrando que estas e outras situações são recorrentes em todas as Coordenações Regionais de Ensino (CRE) do DF.

 

EC 27 de Ceilândia

 

A partir das denúncias feitas na reunião dos(as) gestores(as), o Sinpro foi visitar algumas escolas e constatou problemas de todo tipo, como, por exemplo, na Escola Classe 27 de Ceilândia (EC 27 de Ceilândia), em que os bebedouros estão desligados, apesar do clima extremamente quente que o Distrito Federal está vivendo.

 

Em vídeo, a seguir, o diretor Samuel Fernandes mostra que os bebedouros “estão desligados porque estão dando choque e a escola não tem dinheiro para manutenção porque não recebeu a verba do PDAF. Inclusive as torneiras foram adaptadas porque não são próprias desse bebedouro”, destaca. Clique aqui e veja.

 

 

Além dos bebedouros, Fernandes informa que a EC 27 de Ceilândia está enfrentando outros problemas por falta de recurso financeiro, como, por exemplo, problemas em toda a sua parte elétrica. O diretor do Sinpro informa que, nas salas de aula, os ventiladores pararam de funcionar. “E o dinheiro do PDAF é de fundamental importância para esses reparos”, ressalta.

 

Situação de um banheiro em escola pública de Ceila

 

 

CEF 33 de Ceilândia

No Centro de Ensino Fundamental 33 de Ceilândia (CEF 33 de Ceilândia), verificou-se a uma situação perigosa nos ares-condicionados. Em vídeo e fotos, o diretor do Sinpro mostra a situação dos filtros do equipamento.

 

Diretor Samuel Fernandes mostrando o problema da sujeira dos ares-condicionados

 

Também no CEF 33, o diretor, Tadeu, mostra que está usando as últimas resmas de papel compradas com dinheiro arrecadado em festa junina. “Estamos com as últimas resmas de papel em uso, que foram compradas com o restinho de dinheiro que conseguimos na festa junina e estamos com alguns ventiladores estragados aguardando manutenção. Tudo isso depende da verba do PDAF que neste segundo semestre ainda não foi depositada na conta da escola”, afirma.

EC 13 de Ceilândia

Fernandes também registrou imagens de problemas com o gás na Escola Classe 13 de Ceilândia (EC 13 de Ceilândia). No vídeo, observa-se que a escola está usando o último botijão de gás e, segundo a gestora, não dura nem 10 dias. “Se a verba do PDAF não sair, a segunda parcela, não tenho como repor o gás para garantir a merenda das crianças”, alerta a gestora. Confira no vídeo.

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