Pagar ou ficar no escuro? Abaixo assinado reivindica fim da privatização da Eletrobras

O Coletivo Nacional dos Eletricitários lançou abaixo assinado que reivindica o retorno integral da Eletrobras à gestão estatal. O texto resgata manifesto publicado em julho do ano passado, e já teve a adesão de mais de 3,6 mil assinaturas em todo o Brasil. Qualquer pessoa pode apoiar o abaixo assinado, basta clicar AQUI.

O manifesto afirma que a privatização da empresa responsável por cerca de um terço de toda a capacidade de geração de energia elétrica no Brasil impacta não só no aumento da tarifa de energia elétrica, mas também de itens essenciais da cesta básica. “Praticamente todas as cadeias produtivas e setores têm na eletricidade um insumo básico. Assim, desde o preço do arroz até o dos automóveis vai aumentar por conta da política antinacional e antipovo de Bolsonaro.”

Pesquisa realizada pelo IPEC para o ICS (Instituto Clima e Sociedade) mostrou que 22% dos brasileiros já têm que escolher entre pagar a conta de luz e comprar comida. O dado é apontado no texto que embasa o abaixo assinado pelo cancelamento da privatização da Eletrobras, que lembra também a importância da empresa na execução do programa Luz para Todos, definitivo para levar energia elétrica para mais de 15 milhões de brasileiros.

Projeto político do governo Bolsonaro, a Eletrobras foi desestatizada no ano passado, quando entrou para a bolsa de valores. Com isso, o governo deixou de ser o acionista majoritário, embora tenha mantido alguns privilégios, como o poder de veto em decisões estratégicas.

“A lei da privatização prevê um mecanismo chamado descotização, que nada mais é do que obrigar o consumidor que já pagou pela construção das hidrelétricas ao longo de décadas, através da tarifa, a pagar novamente pelas mesmas usinas. Por ano o impacto dessa descotização será de quase R$ 20 bilhões, que vão sair do bolso do consumidor para as contas bancárias dos novos donos da Eletrobras. Só essa descotização terá um impacto de 17% na conta de luz do consumidor e o que é pior, sem nenhuma contrapartida”, denuncia o manifesto do Coletivo Nacional dos Eletricitários.

Leia AQUI a íntegra do manifesto e assine o abaixo assinado.

 

MATÉRIA EM LIBRAS