III Encontro do Movimento Pedagógico Latinoamericano apresenta os desafios para fortalecer a educação

O Sinpro marcou presença no III Encontro do Movimento Pedagógico Latinoamericano, que teve início no dia 2 de dezembro, em San Jose, Costa Rica. O evento contou com a participação de 18 países latinoamericanos e 34 entidades afiliadas à Internacional da Educação para América Latina (IEAL), além de companheiros(as) dos Estados Unidos, Noruega, França e Suécia. A CNTE participou com uma delegação de 100 trabalhadoras e trabalhadores da educação de dezesseis entidades afiliadas.
Durante o Congresso várias intervenções destacaram os desafios que as organizações membros da Internacional da Educação devem enfrentar para avançar nos objetivos da entidade para o próximo período. Gilberto Cascante, presidente da Associação Nacional de Professores (ANDE – Costa Rica), enfatizou a importância do trabalho a ser feito nos próximos dias. “Queremos mudar a estrutura dos sistemas de ensino e criar novas propostas educacionais a partir de nossas bases. Na Costa Rica, realizamos mais de 80 oficinas para desenvolver estratégias de fortalecimento para a educação e promover a mudança educacional e social que precisamos”, disse.
Robert Franklin Leão, presidente da CNTE e vice-presidente mundial da Internacional da Educação, disse que o movimento deve avaliar todas as políticas que estão sendo implementadas nos países e assumir uma postura de combate àquelas que não consideram o ponto de vista dos sindicatos. “Não podemos aceitar retrocessos e a América Latina não pode ser submetida a uma lógica que não é a sua. Nosso desafio é construir, juntos, a nossa própria pedagogia e seguir o sonho de uma América livre, independente e que pratica uma educação libertadora”, concluiu.
 
Metas para fortalecer a educação
O cumprimento das metas educacionais para a América Latina, no período 2021/2030, depende muito da articulação junto à sociedade civil. Esta questão foi levantada pela representante da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), Evelyn Cedeño. “A mobilização da sociedade civil (sindicatos e ONGs), é chave para assegurar que a educação seja garantida como um direito civil e um dever do Estado”, enfatizou.
 
Avanços e desafios da educação
No painel que reuniu a Ministra da Educação da Costa Rica, Sonia Marta Mora e os Ministros de El Salvador, Carlos Canjura, e da Bolívia, Roberto Aguilar, os participantes receberam um panorama da educação no continente, através das experiências que estes países têm implementado.
Inseridos em governos do campo popular democrático e utilizando metodologias inovadoras que buscam superar as diferenças sociais em seus países, o trabalho deles tem contribuído para transformações sociais, educando para uma nova cidadania com visão planetária da realidade. Em suas agendas eles têm inserido, por exemplo, a diversidade dos povos e populações assistidos pela educação pública, como é o caso das populações originárias e buscado destinar parte dos recursos provenientes de suas reservas energéticas à educação, no caso específico da Bolívia.