Sinpro participa de debate sobre Transtorno do Espectro Autista na Câmara Federal

Na manhã de 4 de abril o Salão Nobre da Câmara dos Deputados recebeu o Fórum de Debate sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA), por iniciativa do deputado federal Reginaldo Veras (PV/DF). O Sinpro-DF participou do evento, representado pela sua diretora Luciana Custódio.

Além de Luciana e de Reginaldo Veras, compuseram a mesa de debates Marly Chagas (União Brasileira de Musicoterapia); Sarah Cristina Costa Pereira (Centro de Referência em Pesquisa e Extensão em Musicoterapia do DF); Pedro Bicaco (Hospital da Criança de Brasília José Alencar); Viviane Amanajás Guimarães (Movimento do Orgulho Autista – DF); Inês Catão (Secretaria de de Saúde do GDF e Centro de Orientação Médico Psicopedagógica); Nicolau de Oliveira Araújo (Instituto Federal de Brasília); Gisele Montenegro, da recém-extinta Associação dos Amigos dos Autistas do DF e mãe de pessoas com autismo.

O evento começou com a exibição do filme “Meu Amigo Lorenzo”, que conta a história da relação terapêutica, afetiva e de amizade musical ao longo de 15 anos entre o veterano músico/cineasta André Luiz Oliveira, diretor do filme, e Lorenzo Barreto, um menino com autismo. O diretor esteve presente, bem como Clarisse Prestes, musicoterapeuta do filme.

A motivação principal para o encontro foi o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ampliar a consciência de governos e populações acerca da necessidade de políticas públicas voltadas para pessoas com TEA.

A fala da representante do Sinpro-DF, Luciana Custódio, abordou os desafios cotidianos enfrentados pelas pessoas com TEA e suas famílias. Esses desafios começam da suspeita do diagnóstico: acesso a profissionais que acompanhem, da investigação à conclusão do diagnóstico; e acesso a terapias, que são fundamentais para que a pessoa com TEA possa ter garantidas sua qualidade de vida e sua funcionalidade, nas diferentes necessidades de graus de suporte.

“Como mostra o filme Meu Amigo Lorenzo, as pessoas com TEA têm potencialidades como todas as pessoas, que podem ser trabalhadas e desenvolvidas se elas tiverem acesso a educação de qualidade e terapias”, destacou Luciana. “Infelizmente, não é o que acontece hoje na nossa rede pública de ensino, por conta do abandono do GDF em relação a esse segmento, que resulta em falta de investimento e compromete o atendimento a esses estudantes, apesar de todos os esforços empreendidos pelos professores e orientadores educacionais”, completou ela.

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