Chácara do Professor recebe 5 mudas de baobás

No contexto do mês da consciência negra, a Secretaria de Raça e Sexualidade do SINPRO vai promover atividade na chácara do professor

No próximo dia 12 de novembro, sexta-feira, às 9:30, a Chácara do Professor, do Sinpro, vai receber a plantação de 5 mudas de baobás, como parte das comemorações do mês da Consciência Negra. A iniciativa é da Secretaria de Raça e Sexualidade do SINPRO, que vai promover outros eventos ao longo do mês.

Na atividade serão plantados 5 baobás. Seguindo a tradição africana, estas arvores serão nomeadas. A organização do evento decidiu então homenagear 5 mulheres negras:

Dandara: líder feminina do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, companheira de Zumbi e uma das principais dirigentes influentes nas decisões políticas em prol da abolição
Carolina Maria de Jesus: ex-catadora de papel, moradora da favela do Canindé, em São Paulo. Escritora, teve o livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, lido em mais de 40 países.
Tia Ciata: cozinheira, baiana de Santo Amaro da Purificação, defensora da cultura afrobrasileira, levou o samba de roda para o Rio de Janeiro. Emprestava sua casa para reuniões de artistas que criaram o samba carioca.
Maria Firmina dos Reis: maranhense, primeira romancista brasileira e primeira mulher negra a publicar um romance, “Úrsula’’ (1859), no Brasil, em todos os países de Língua Portuguesa e em toda a América Latina. Pioneira na crítica antiescravagista.

 

 

 

 

 

 

 

 

Elza Soares: cantora e compositora carioca, com várias premiações nacionais e internacionais, foi eleita Melhor Cantora do Milênio pela Rádio BBC, de Londres (1999), e considerada uma das 100 maiores vozes da Música Popular Brasileira (MPB) pela revista Rolling Stone Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ancestralidade milenar

Presente em diversas regiões da África, o Baobá é o símbolo do Continente Negro. Para muitos povos africanos, os Baobás são símbolo de ancestralidade, locais de aprendizagem, pois é à sombra do Baobá que os mestres griô transmitem os valores e saberes ancestrais aos mais novos.

No Brasil, essas árvores representam resistência dos povos escravizados. Sua presença é marcante nos locais de maior ocupação negra no período escravocrata. E isso demonstra a ligação entre os africanos, trazidos para cá à força, e suas origens.

“Ao utilizar o Baobá como elemento condutor, é possível debater vários temas relacionados à cultura e   história da África, a diversidade de seus povos, bem como a educação para as relações étnico-raciais”, lembra a professora Márcia Gilda, da Secretaria de Raça e Sexualidade do SINPRO.   

Os 5 Baobás serão plantados pelo professor André Lúcio Bento, especialista em Cultura Afro-Brasileira e Africana pela UFG, que também lançou um site para acompanhar a evolução dos Baobás no Brasil

 

Plantação de Baobás na chácara do professor com o Professor André Bento

Data: 12/11

Horário: 9h30

Local: Chácara do Professor