CEF 10 do Gama volta de Olimpíadas Brasileiras com 5 pratas e 2 bronzes

Escola obteve três pratas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica,
e duas pratas e 2 bronzes na Olimpíada Brasileira de Geografia

 

Estudantes motivados, que têm prazer em ir para a escola, participam com interesse das aulas e buscam associar o conteúdo aprendido com a aplicação desse conhecimento. O CEF 10 do Gama descobriu as vantagens de inscrever os alunos em Olimpíadas Brasileiras. Em 2023, cerca de 90 alunos da escola participaram das Olimpíadas de Matemática, Geografia, Astronomia e Astronáutica e também participaram da Mostra Brasileira de Foguetes.

Ano passado, foi uma participação modesta na Olimpíada de Astronomia e Astronáutica, com alguns estudantes de 8º e 9º anos. Voltaram com uma medalha de prata e os(as) professores(as) perceberam os efeitos colaterais: “Os estudantes se viram representados, viram os resultados e isso foi bom pra autoestima deles. Eles passam a se ver de outra maneira, e a escola teve papel fundamental nesse processo”, conta Eric de Sales, que junto com a professora Natállia Orrú, coordena a escola.

 

Geografia premiada

Este ano, a participação em Olimpíadas Brasileiras passou a fazer parte do projeto pedagógico da escola, e os resultados já começam a aparecer: a primeira participação da escola nas Olimpíadas de Geografia rendeu às 4 equipes inscritas do CEF 10 do Gama duas medalhas de prata e duas de bronze.

Cada equipe contava com três integrantes, todos dos nonos anos, todos submetidos a uma maratona de questões. “Fomos o único CEF a ter medalhas de prata”, comemora a coordenadora Natállia. “E por 2 décimos não conquistamos o ouro, a nota de corte foi 9,2 e nosso estudante tirou 9!”, lamenta a coordenadora.

“A inscrição foi mais pra fazer um teste, ver como os estudantes se comportariam, e já trouxemos medalhas para casa”, explica o professor Tom.

E no meio do caminho ainda havia algumas pedras. A escola não tinha computadores suficientes para os estudantes participarem das competições de Geografia, que eram todas online. “O professor Wellington mobilizou todo o corpo docente da escola, e conseguimos juntar notebooks para montar, ainda que precariamente, uma estrutura para os estudantes fazerem a prova”, lembra Eric, que completa: “Nenhuma dessas ideias e projetos seriam possíveis sem a intensa adesão do corpo docente”.

 

Astronomia e foguetes

A professora Auristela de Siqueira Vasconcelos, de ciências, foi quem percebeu o uso da Olimpíada de Astronomia como uma forma de unir o conhecimento adquirido em sala de aula com a prática da confecção de um foguete para ser lançado. “O pessoal do sétimo ano ficou a cargo do lançamento do foguete, e os mais velhos fizeram as provas. Eles viram os resultados: três medalhas de prata na OBA”. A professora Carolina Rodrigues de Souza esteve à frente da equipe do lançamento de foguetes.

Os alunos orientados por Auristela e Carolina lançaram um foguete movido a ar pressurizado no Parque do Gama. Veja o vídeo.

 

Teoria e prática

O corpo docente do CEF 10 percebeu, então, uma das melhores funções pedagógicas das Olimpíadas Brasileiras: “A Olimpíada Brasileira vem justamente fazer com que os alunos participem com o conhecimento.” E é para transmitir esse conhecimento que servem as outrora chatas e enfadonhas aulas: “Os estudantes percebem que o conhecimento não é apenas aquele conteúdo aparentemente sem sentido. É um conteúdo vivo que é aplicado à prática, e os resultados desse casamento entre teoria e prática são extremamente interessantes: quando ganham as medalhas, eles se vêem de outra maneira.”

 

Raciocínio de técnico

Para o ano que vem, o corpo docente planeja a preparação das turmas como verdadeiros técnicos de equipes olímpicas: trabalhar o amadurecimento psicológico e do conhecimento das turmas é a chave para se trazer resultados.

“Começamos com o pessoal do sétimo ano participando do lançamento do foguete. Eles ficam estimulados, gostam dos resultados e, nos anos seguintes, se esforçam e se empenham nas provas, que têm um conteúdo mais denso”, raciocina Eric. “Ano que vem queremos ter todos os oitavos e nonos anos fazendo as provas da OBA, e todos os sétimos anos com equipes no lançamento de foguetes”.

Assim, ao chegar ao nono ano, os alunos já têm a experiência necessária para obterem melhores resultados.

Professor Tom quer, em 2024, 10 equipes de geografia, e as turmas devem entrar também nas Olimpíadas de História.

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