Todas e todos ao ato em Águas Claras, nesta quarta, 14

Entre os dias 14 e 16 de março de 2012, as escolas públicas de nível básico paralisarão suas atividades em todo o país. Aqui em Brasília, as (os) professores (as, que estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 12,  farão um grande ato em frente à residência oficial de Águas Claras, às 9h30,  para cobrar a retomada da negociação e para protestar contra o descaso de grande parte dos gestores públicos em não garantir educação de qualidade socialmente referenciada para todos e todas.
É de extrema importância que todas (os) as professoras e os professores participem deste ato, que dará ainda mais visibilidade à nossa greve. Cabe a cada um de nós fazer a sua parte para mais um movimento vitorioso! O Sinpro está colocando ônibus para trazer a categoria (confira matéria específica neste  site, com os locais de saída).
Não deixe de participar!  Venha mostrar nossa força e capacidade de mobilização! Todos parados e na luta por uma educação de qualidade para todos! Chega de discursos! Educação como prioridade nacional!
Confira abaixo parte da nota da CNTE sobre o movimento nacional.
Embora o Brasil, nos últimos anos, venha galgando importantes resultados socioeconômicos – já tendo alcançado o posto de 6ª economia do mundo -, a educação continua sendo um entrave para a inclusão de todos os brasileiros e brasileiras no processo de desenvolvimento sustentável.
Cada vez mais, os meios produtivos exigem maior e melhor qualificação profissional, e as relações socioculturais e ambientais, idem. Sendo que é papel da escola pública garantir o acesso e a permanência de todos ao conhecimento e à participação cidadã na vida política, social e econômica do país.
À luz desses objetivos, que defendemos para a escola pública, a pauta da CNTE para a Greve Nacional dos Trabalhadores/as em Educação consiste em:

  1. Ampliar o investimento em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ao longo da próxima década, e exigir a aprovação do novo Plano Nacional de Educação;
  2. Garantir o cumprimento imediato e integral da lei federal nº 11.738, que vincula o piso salarial profissional nacional à carreira do magistério;
  3. Implementar a gestão democrática em todas as escolas e os sistemas de ensino, conforme preceitua as normas educacionais e o Estatuto da Criança e do Adolescente;
  4. Impedir a terceirização das funções escolares, sobretudo daquelas desempenhadas pelos funcionários da educação; e
  5. Assegurar outras pautas locais da educação e de seus trabalhadores.

Diante de temas tão importantes para o futuro de nosso país, convidamos a todos e todas para se juntarem à nossa luta, que é por um Brasil mais justo, próspero, soberano e sem desigualdades que impeçam o direito das pessoas à felicidade e, consequentemente, ao bem estar coletivo.
Quanto às atividades da Greve Nacional, as mesmas serão descentralizadas e estarão sob a responsabilidade das 44 entidades filiadas à CNTE. Outros sindicatos da educação, mesmo não filiados à Confederação, também poderão incorporar-se à mobilização e agendar atividades junto aos executivos e parlamentos locais, além daquelas voltadas à comunidade escolar e à população em geral.
Em âmbito nacional, a Greve marcará o início de uma ampla jornada de luta dos trabalhadores por educação pública, gratuita, universal, laica, de qualidade (com equidade), e por valorização profissional, devendo um de seus desdobramentos culminar na denúncia de governadores e prefeitos – desrespeitadores da Lei do Piso – à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a outras instituições internacionais, além dos órgãos do Poder Judiciário nacionais.