Professores não aceitarão calote

Como já está virando rotina, o GDF não dialoga diretamente com as categorias. Manda recados pela mídia.
Hoje não foi diferente. Sob o título “Reajustes de servidores do GDF está ameaçado”, matéria de capa do jornal Correio Braziliense discorre que “os reajustes concedidos pela gestão passada a 36 categorias podem não ocorrer. O GDF estuda internamente a possibilidade jurídica de não conceder os aumentos”.
Diferentemente do que o governo faz, o Sinpro não manda recado e informa que não possui nenhum “acordo” com o GDF sobre aumento salarial.
“O que temos é uma lei [5.105/2013], que reestrutura a carreira Magistério Público do Distrito Federal e reajusta os salários dos professores em março e setembro próximos. E lei é para ser cumprida”, enfatiza a diretoria do Sindicato.
Vale lembrar que os(as) professores(as) realizaram uma greve de 52 dias em 2012. Dessa mobilização, entre outros avanços, houve a instituição de uma equipe que elaborou a Lei 5.105, em 2013. Rodrigo Rollenberg, à época senador, não só apoiou o movimento, enfatizando a necessidade da categoria, como deu respaldo para que os docentes tivessem, enfim, a reformulação do plano de carreira e a reestruturação salarial. Não é justo agora, muito menos coerente, que uma pessoa que acompanhou todo esse processo vire as costas para o seu passado.
Mais desrespeito – O desrespeito às leis também está virando rotina no GDF, na medida em que atrasa e parcela salários e faz malabarismos com questões trabalhistas previstas em lei.
O Sinpro enfatiza que a categoria não aceitará nenhum tipo de calote e que todas estas questões serão abordadas na assembleia geral, convocada para o início do ano letivo, em 23 de fevereiro.
O Sindicato também entende que a Câmara Legislativa deveria se pronunciar, vez que as leis são discutidas, votadas, aprovadas e… não cumpridas, desrespeitando a Casa, seus parlamentares e, em última análise, a própria sociedade.