Professores da rede pública estão em greve em 22 estados do país

Convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), professores das redes públicas estaduais de ensino em todo o país paralisaram as atividades desde a última terça-feira (23), reivindicando melhores condições de trabalho. O movimento encerrou nesta quinta-feira (25) e, segundo a entidade, 22 estados aderiram oficialmente. Além disso, os sindicatos do Distrito Federal e demais estados apoiam formalmente a iniciativa. A paralisação contou também com adesões de trabalhadores das redes municipais de ensino fundamental e médio.

Os estados que aderiram foram Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Acre, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. A continuidade ou não da greve após os três dias depende das negociações locais, segundo a CNTE. Por enquanto, São Paulo e Maranhão iniciaram greve por tempo indeterminado. Na pauta, estão reivindicações como o cumprimento da Lei 11.738/2008 (que prevê o piso nacional do magistério de R$ 1.567), a aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE) e a destinação de 100% dos royalties do pré-sal para a Educação. Além disso, a categoria quer a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, que estende o direito de negociação coletiva a servidores públicos. “É sempre um clima de tensão o ano inteiro. Funcionários públicos são tão trabalhadores quanto os outros. Queremos negociar juntos nossos salários”, afirmou o presidente da CNTE, Roberto Leão.

O movimento teve início com passeata na Avenida Paulista na última sexta-feira (19) e a greve começou na segunda-feira (22). A principal reivindicação é o cumprimento da Lei do Piso Nacional dos Professores da Rede Pública. O piso salarial nacional do magistério da educação básica, para o vencimento inicial é de R$ 1.567.

Outras reivindicações estão em pauta, como a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que estipula políticas para a área nos próximos dez anos, a destinação de 100% dos royalties do Pré-Sal para o setor e a definição de diretrizes nacionais de carreira para os profissionais da educação básica, além dos pedidos de reajuste salarial específico em cada estado.

Com informações da CNTE