Não dá para o pedagogo-orientador se sentir valorizado

lucia santis 200x200“O poder de luta pelos seus direitos como trabalhadores(as); pela garantia dos direitos das crianças e adolescentes. O seu compromisso com uma sociedade com justiça social e democrática, que respeite a diversidade e, sobretudo, para que os educandos e as educandas se apropriem de sua cidadania, do conhecimento e dos bens culturais.” Na opinião de Lúcia Santis estes são os tópicos que o Pedagogo-Orientador Educacional tem a comemorar.
Segundo Lúcia Santis, não há como o orientador se sentir valorizado na rede pública, devido às condições precárias de trabalho e à sobrecarga. “Tudo que temos hoje foram anos de luta árdua enquanto categoria do magistério, o salário compatível com os dos professores, a gratificação, o plano de carreira, etc, diz a orientadora.
A orientadora também reclama das condições de trabalho, segundo ela, precaríssimas: “não há espaço adequado para se realizar atendimentos dos educandos, dos familiares destes, e de professores”, diz.
De acordo com Lúcia Santis não há condições tecnológicas para se concretizar a necessidade de se estabelecer contato com os familiares dos educandos, falta de uma linha telefônica que possa ligar para celular, internet precária, assim muitas tarefas que depende da internet são feitas em casa, fora do horário de trabalho. Segundo ela, também não há recursos materiais, como um sala equipada com computador, impressora, armários, e tantos outros recursos necessários.
“Como se sentir valorizado quando é desumano colocar um único profissional em escola com mil, ou mais alunos. E expor este profissional a sérios comprometimentos em sua saúde pela sobrecarga de trabalho, as constantes situações de estresse, depressão (por ver que não dá conta de realizar seu trabalho de forma qualitativa), as psicosomatizações e, sobretudo, à descrença, à desesperança de construir algo significativo com seu trabalho porque simplesmente não dá conta da sobrecarga”, lamenta a orientadora.
Na sua pauta de reivindicações, Lúcia Santis coloca em primeiro lugar o concurso público, para 1 profissional a cada 300 alunos; em seguida, a melhoria das condições de trabalho, e melhoria dos espaços físicos da escola. Por fim, ela pede políticas de saúde para o profissional.
 
Lúcia Maria de Oliveira Santis
Escola Classe Córrego de Sobradinho/CRE Paranoá
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