Dirigente da CUT presidirá Comitê Mundial de Mulheres da ISP

No dia 15 de maio, durante encontro na Suíça, o Comitê Mundial de Mulheres da Internacional dos Serviços Públicos (ISP) elegeu por unanimidade a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Junéia Batista, para presidência. A dirigente exercerá o mandato até 2018 à frente do grupo formado por mais de 40 mulheres de todas as regiões do mundo. A ISP representa cerca de 20 milhões de servidores. A cada cinco anos, o comitê elege uma presidente e cada região escolhe três vices. Há um rodízio informal e, desta vez, a presidência cabia às Américas.

Junéia comenta que comandará todas as políticas para as servidoras e integrará a Executiva mundial e o Comitê Diretor, principais espaços de decisões nos congressos da entidade. A prioridade, define, é fazer com que o debate sobre gênero esteja presente em todas as instâncias da ISP. “A responsabilidade é grande porque aprovamos um plano audacioso. Vamos combater o trabalho precário e incorporar as políticas de gênero e a discussão sobre igualdade entre homens e mulheres no interior da organização. Isso significa também discutir o fim a todas as formas de violência contra as trabalhadoras, desde a física e moral até a falta de acesso a postos de maior importância”, explica.

Como presidenta do comitê, ela também representará a ISP na Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), marcada para junho deste ano. “Nesta edição, as convenções 151 e 154, que tratam da negociação coletiva no setor público, estarão na pauta. A terceirização no setor também será discutida e é um dos maiores causadores do trabalho precário. Atingem, principalmente, as mulheres, que são 60% da categoria. Também a luta por empoderamento e salários iguais para o trabalho de igual valor entre homens e mulheres estão na nossa agenda.”
Junéia lembra ainda que a troca de experiência entre trabalhadoras brasileiras e do restante do mundo é fundamental para ampliação e manutenção de direitos. “Se por um lado as europeias e as canadenses têm mais direitos que nós, a austeridade proposta diante da crise mundial tem impactado na perda dessas conquistas, situação que impactou em menor proporção o Brasil. Por isso precisamos estar unidas para implementar uma pauta mundial comum”, defende.
Com informações da CUT