Adesão é de 60% no primeiro dia

O balanço do primeiro dia de greve foi extremamente positivo, segundo avaliação do Sinpro. Cerca de 60% da categoria aderiu ao movimento, que começou mais forte do que nas últimas paralisações. Assembléias regionais realizadas durante a manhã reforçaram o espírito de luta da categoria. Em algumas cidades, como Guará e Recanto das Emas, a assembléia obteve o dobro de participação de docentes em relação aos últimos encontros regionais.

Grupos de convencimento formado por professores andaram em diversas escolas públicas de todas as regiões do Distrito Federal e se reuniram com os colegas durante esta segunda-feira, 13, nos arredores das unidades de ensino. Dezenas de educadores e educadoras, convencidos da justiça das reivindicações, prometeram aumentar o coro dos que lutam pela justa reposição salarial de 15, 31%.

Diferente do que tentou vender o secretário de Educação, José Valente, a adesão dos professores à greve foi considerada altamente positiva pelo Sindicato. Algumas cidades superaram as expectativas. Caso de Planaltina, onde 75% dos professores aderiram ao movimento. Até o professor Saulo Humberto Soares, que representa Jesus na maior via sacra do DF, realizada naquela cidade, participa ativamente da greve e dos piquetes de convencimento.

Outras cidades mostraram que a mobilização já está surtindo um forte efeito. No Guará, 60% dos professores paralisaram, com algumas das unidades de ensino, como a Escola Classe 05, considerada modelo, que parou totalmente. Também em Taguatinga, houve adesão de 60% da categoria. O Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte – CEMTN, com 190 professores, também não funcionou nesta segunda, assim como o CEMAB, o CEF 11, e a Escola Classe 27, entre outras.

Em algumas unidades, como o GISNO, do Plano Piloto, 80% dos professores aderiram ao movimento. Em São Sebastião, escolas tradicionais, como o Centrão, participam pela primeira vez da greve. Em todas as cidades, escolas paralisaram totalmente suas atividades. O Sinpro ressaltou ainda a grande adesão dos professores que trabalham nos centros de ensino médio e fundamental.

O Sindicato lembra ainda que parte das escolas só funcionou nesta segunda-feira em função do trabalho de professores com contratos temporários e devido ainda à contratação de substitutos pela Secretaria de Educação do GDF. Uma atitude reprovada pela maioria dos gestores das escolas, inclusive com alguns deles oferecendo o cargo caso o GDF insista que eles substituam professores em greve.

O caráter pacífico da greve possibilitou um trabalho tranqüilo, apesar da presença de policiais militares, a pedido do GDF, em muitas escolas. Nenhuma ocorrência grave foi registrada. Na quarta-feira, dia 15, os professores realizarão mais uma Assembléia Geral, às 9h30, para avaliar o movimento e decidir pelo rumo da greve.