Xô Covid, vacina logo! – Não é mais uma campanha, é um apelo à vida!

Em vários versos o poeta relata que é somente diante da ausência que se sente a falta, mas perante a saudade, é possível almejar o reencontro com aquilo que um dia foi perdido. Perdemos muito nos últimos anos, infelizmente. Perdemos a liberdade de poder ir a qualquer lugar sem maiores preocupações, perdemos o direito de socializar, perdemos pessoas queridas, o sossego de andar pela praça, ir ao estádio para torcer pelo time do coração, ir ao cinema ou ao teatro, perdemos boa parte da rotina e tantas outras coisas devido à pandemia da Covid-19. Mas passados quase vinte meses de reclusão e reaprendizado, a humanidade tem, na vacina, a chance de reencontrar a rotina, de voltar a viver normalmente.

Com tudo isto em mente e entrando na luta pela imunização de toda a população, o Sinpro-DF lança a campanha Xô Covid, vacina logo!. Não se trata de mais uma campanha de conscientização, de um convite ou de um pedido especial, mas de um apelo à vida de cada um de nós, das pessoas que mais amamos e da esperança de podermos voltar a fazer tudo que fazíamos antes da pandemia. É somente aceitando e respeitando a vacinação que conseguiremos tudo isto novamente!

No decorrer da história, o Brasil já passou por momentos de incerteza e medo devido à recusa por vacinação. Em 1904, o Rio de Janeiro deflagrou uma insatisfação popular com a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, desencadeando a Revolta da Vacina. Segundo dados históricos, estima-se que ao longo do século XX a varíola tenha causado entre 300 e 500 milhões de mortes no mundo. Em 1967 ocorriam ainda 15 milhões de casos por ano. Passado o período de negacionismo em relação à eficácia do imunizante, a população aderiu à campanha e a varíola foi erradicada do mundo.

Para o diretor do Sinpro, Cláudio Antunes, o incentivo à imunização deve partir de cada um(a) de nós. “Todos(as) temos um papel importante e fundamental nesta luta. Os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais, por exemplo, são um importante meio de incentivo para a vacinação dos(as) estudantes. Os(as) alunos(as), por sua vez, podem influenciar os pais, mães, avós e amigos a fazerem o mesmo, aumentando assim o raio de proteção contra a Covid-19”, ressalta.

 

Pesquisas mostram que a vacina surte efeito positivo

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que países que incentivaram a imunização demonstram sinais de melhora, com redução na curva de infectados e mortes pela doença. Isto tem se tornado um exemplo e um sinal de esperança para os quatro cantos do mundo. 

O Reino Unido, por exemplo, já ocupou o posto de um dos países com o maior número de mortes no início da pandemia, segundo dados da plataforma Our World in Data. Iniciado o processo de vacinação, o número de óbitos despencou. Além do ótimo desempenho na campanha de vacinação, um rígido lockdown nos momentos mais críticos e o respeito às medidas de segurança (uso de máscara, álcool em gel, distanciamento) salvaram milhares de vidas e colocaram o país entre os que menos computa mortes e infectados no mundo.  

Israel, que tem uma das maiores taxas de vacinação do mundo, atingiu o pico de mortes pela Covid-19 em 20 de janeiro, quando foram registrados 101 novos óbitos. Quase três meses depois, apenas 3 mortes foram confirmadas, fruto da vacinação em massa da população. Outros países com tendência semelhante, que atingiram o pico de óbitos em janeiro e hoje conseguiram reduzir significativamente sua curva são: Emirados Árabes, Alemanha, Portugal e África do Sul.

 

Vacinação no Brasil

Dados divulgados pelo Consórcio de Veículos de Imprensa mostram que 92,4% dos brasileiros acima de 18 anos já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O índice aumenta se pegarmos a primeira dose em adolescentes. Mas mesmo diante do índice alto de imunizações, o número de pessoas que negam se vacinar infelizmente ainda é elevado.

A epidemiologista Carla Domingues, que coordenou o Programa Nacional de Imunização no Ministério da Saúde entre 2011 e 2019, diz que esse público não chega a ser um grupo antivacina, mas um grupo hesitante. “É uma vacina nova, no começo a população ficou muito insegura com essa história de ser ‘vacina experimental’. E a própria comunicação do governo foi muito equivocada nesse sentido, o que acabou gerando insegurança. Mas agora que as pessoas estão vendo que a vacina tem uma segurança muito boa e que está tendo resultado importante na diminuição da carga da doença, a população adere”, explica Carla Domingues.

Outro ponto que reforça a segurança e a importância da vacina é dado pela Sociedade Brasileira de Imunizações. De acordo com o órgão, todas as vacinas licenciadas passaram obrigatoriamente por rígidos testes, desde a fase laboratorial até os estudos de fases 1, 2 e 3, que confirmam a segurança e eficácia em humanos. “Os dados foram avaliados por especialistas independentes e entidades regulatórias e continuarão a ser monitorados na medida em que as vacinas forem aplicadas”, diz Carla Domingues.

O apelo feito por órgãos como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e tantos outros para que a população se vacine não se resguarda em questões políticas ou brigas ideológicas, mas pelo respeito à vida. “O ato de não se vacinar não coloca apenas você em risco, mas pessoas que estão à sua volta, que são as que você mais ama. Não se imunizar pode colocar a sua vida em risco, mas, também, a vida de filhos, pais, avós, amigos”, explica a coordenadora da Secretaria de Saúde do Sinpro, Elbia Pires.

O Xô Covid pretende divulgar as campanhas que as escolas estiverem realizando para que outras também possam aderir. Por isto é importante que cada unidade escolar faça a sua parte e participe deste movimento pela vida. Incentive estudantes, pais, idosos e familiares a se vacinarem. Conte pra gente como a sua escola está fazendo a campanha pela vacinação e mande pelo e-mail imprensa@sinprodf.org.br ou pelo telefone 99323-8131. Todo conteúdo será divulgado na página do Sinpro-DF e nas nossas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter).

Respeitar a vacinação não é somente lutar pela vida, mas voltar a ter esperança de que em breve poderemos tirar a máscara de proteção e exibir a máscara da felicidade, do reencontro, do afeto. Vacinar é um ato de amor, de respeito.