Vigilantes iniciam campanha salarial e traçam agenda de lutas

Trabalhadores em vigilância do Distrito Federal realizam assembleia geral neste sábado (11), para aprovar a pauta de reivindicações da Campanha Salarial de 2018. O início da mobilização por reajustes dignos e melhores condições de trabalho coincide com a data em que a nefasta reforma trabalhista entra em vigor no país, exigindo maior unidade e resistência da categoria. O encontro acontece no auditório do Sindesv – sindicato que representa a categoria –, a partir das 9h.
O preocupante cenário traz consigo a precarização das relações de trabalho, além de dar mais poder aos patrões para negociarem como bem entenderem com seus empregados. O que vem por aí é o aumento da jornada de trabalho, a redução dos salários, o encolhimento do horário de almoço e o fim do 13º e das férias.
Segundo o diretor do Sindesv-DF, Moisés Alves, as negociações das campanhas anteriores foram bastante complicadas. O acordo de 2017, inclusive, entrou em dissídio coletivo e será julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho, ainda este ano, sem data definida. Para o dirigente, a complexa e indecisa conjuntura demandará muita mobilização e unidade da categoria.
“Nossa expectativa para as negociações dessa Campanha é a pior possível. Porém, não vamos desanimar e vamos atuar da mesma forma que sempre atuamos: mobilizados e unidos em defesa de nossos direitos. Se preciso for, até utilizaremos a greve como instrumento de mobilização”, disse.
Agenda de lutas
Além da assembleia no sábado (11), o Sindesv-DF tem programado para esta semana uma Agenda de Lutas, que entre outros pontos, inclui a mobilização em defesa dos direitos.
Na quinta (9), os trabalhadores que prestam serviço à Secretária de Saúde do DF pelas empresas Ipanema, Brasília, Visan e Aval e que não foram contemplados a continuarem nos postos de serviços, se reunirão para avaliação da proposta apresentada pelas empresas. Trata-se do descumprimento da lei distrital 4.794/2012 e da Convenção Coletiva, que garantem os locais de trabalho em caso de troca de empresa. O encontro acontece na sede do sindicato, a partir das 9h.
Já na sexta (10), data que antecede o dia em que a reforma trabalhista passa a valer no país, os vigilantes atendem ao chamado da CUT e se unem a outras categorias em defesa dos seus direitos trabalhistas. A concentração para o Dia Nacional de Mobilização, Luta e Paralisações acontece a partir das 9h, no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios.