Vacinação de crianças é fundamental para derrotar pandemia

A vacinação de crianças contra a covid-19 continua sendo uma pauta central deste final de 2021. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a utilização do imunizante da Pfizer para essa faixa etária na última quinta-feira, dia 16. Dezenas de países já adotavam o procedimento, entre eles, Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Israel e China.

Entretanto, setores negacionistas e terroristas vêm desferindo ameaças contra servidores da Anvisa, fato que também tem tomado os noticiários e portais da internet. Sem fundamentação nenhuma, essas pessoas são críticas da vacinação de crianças, mesmo sendo essa uma prática consolidada no país, e saudada em todo o mundo. Através da vacinação, o Brasil erradicou a varíola e a poliomielite (paralisia infantil), e controlou outras enfermidades, como a coqueluche e a meningite bacteriana.

De acordo com estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para superar a atual estagnação do processo de imunização da população contra a covid-19 no Brasil, é fundamental garantir a vacinação de crianças de 5 a 11 anos e de pessoas que vivem em locais remotos. Na visão dos pesquisadores, as dificuldades no país têm maior relação com a dificuldade de acesso do que com a recusa em receber a vacina. “O estudo lembra que a estratégia de vacinação como medida de mitigação da pandemia tem sido uma medida efetiva, no Brasil e no mundo. A população, de uma forma geral, vem aderindo à aplicação do imunobiológico. E acrescenta, em relação à vacinação infantil, que há imunizantes com comprovada eficácia para este grupo etário e estudos de segurança indicam que é possível sua utilização”, destaca a Fiocruz.

Causou comoção, recentemente, a morte da menina Ana Luísa dos Santos Oliveira, de 8 anos, que perdeu a vida para a covid no último dia 12 de dezembro. A mãe da criança, Valkíria Alice dos Santos, considera que a tragédia teria sido evitada se sua filha pudesse ter sido vacinada. Ana Luísa ficou internada quase um mês no Guarujá, cidade do litoral de São Paulo onde vive sua família. Ela não tinha comorbidades, e sua mãe desconfia que ela se contaminou na escola.

<span;>O Sinpro-DF defende a vacinação das crianças a partir de 5 anos, conforme autorizou a Anvisa, com o intuito de protegê-las e de acelerar o caminho em direção ao fim dessa pandemia que tanto sofrimento e destruição vem causando no Brasil e no mundo.