Vacina boa, é vacina no braço. É hora de lutar pela vida!

Pode até parecer absurdo, mas muitos(as) brasileiros(as) têm se recusado a tomar algumas das vacinas contra a Covid-19 disponíveis nos postos de saúde do país. Além de uma total inconsequência e um desrespeito à própria vida e à de outros, já que aqueles que não se imunizam podem transmitir o novo Coronavírus para outras pessoas, a recusa à vacinação é um crime.

Segundo a Lei 13.979/2020, a vacinação é compulsória, conforma está escrito no artigo 3º, inciso 3, alínea d. “E no caso de se recusar a vacina ou descumprir o que for determinado por força dessa própria lei, podemos nos reportar ao artigo 268 do Código Penal, sobre infringir determinação do poder público destinada a impedir a propagação de doença contagiosa. É crime, está capitulado como pena de detenção de um mês a um ano e multa”.

O fato sequer deveria estar sendo cogitado, mas casos de pessoas se recusando a se vacinar tem crescido. Em todo o estado de São Paulo, sete cidades estão aplicando regras contra aqueles que querem escolher a marca da vacina no momento da aplicação. Em São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, por exemplo, os(as) chamados “sommeliers” de vacina são obrigados a assinar um termo de responsabilidade por rejeitaram o imunizante contra a Covid-19, e imediatamente são colocado no “final da fila” do calendário de vacinação, ou seja, somente poderão ser vacinados após toda a população adulta.

O mau exemplo, que por incrível que pareça parte de onde deveria chegar o exemplo, ou seja, do presidente Jair Bolsonaro, não é inédito no Brasil. Em meados de 1904, o país contabilizava um grande número de internações devido à varíola. Mesmo assim, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no líquido de pústulas de vacas doentes. Afinal, era esquisita a ideia de ser inoculado com esse líquido, e ainda corria o boato de que quem se vacinava ficava com feições bovinas.

Hoje, a história, em partes, é bem diferente: ao invés de feições bovinas, corre-se o risco de virar jacaré!. Pelo menos é isto que Bolsonaro, confesso defensor da política de “tome vacina quem quiser”, anuncia. Aliás, desde o início da pandemia ele diz aos brasileiros que “só se vacina quem quer”, em um claro sinal de irresponsabilidade e crueldade com a nação e com o povo.

 

Importância do SUS

Para muitos pode ser uma novidade, mas temos, hoje, um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo. Além de tratamentos e mitigação de doenças e epidemias, a maneira como o Sistema Único de Saúde (SUS) é desenhado e operacionalizado permite que haja controle sanitário para antever e evitar surtos epidêmicos, realizar diagnósticos antecipados de crises e promover campanhas de informação, imunização e ações preventivas.

Além disto, o SUS é uma grande conquista da sociedade, uma vez que foi criado para promover a justiça social e superar as desigualdades na assistência à saúde da população. O Sistema é uma política de Estado que amplia os direitos sociais e busca assegurar a cidadania.

Mesmo com todo este aparato e com toda experiência que o Sistema Único de Saúde já promoveu e tem promovido ao longo de todos estes anos, pessoas rejeitam uma vacina que pode salvar sua vida e a de pessoas próximas.

É hora de lutar pela vida, pelo respeito e pelo futuro. Além de ser um crime e colocar a vida de outros em risco, o ato de se negar a vacinar é irresponsável, ignorante e inconcebível.

O Sinpro orienta que todos e todas tomem a vacina que chegar, pois vacina boa é vacina no braço! Lute pela vida!