18 anos da Lei Maria da Penha é o tema do TV Sinpro especial desta quinta (29)

O combate à violência contra a mulher é o tema do TV Sinpro especial desta quinta-feira (29/8). No programa, o sindicato apresenta a plenária sobre “Maria da Penha e o papel social da escola”: um evento realizado pela entidade, no dia 7 de agosto, em homenagem aos 18 anos da Lei Maria da Penha.

Essa programação é uma forma de propiciar mais temas e novos debates para subsidiar a comunidade escolar na Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, da rede pública de ensino do Distrito Federal, em curso entre esta segunda-feira (26/8) até sexta-feira (30/8). A plenária que será exibida foi realizada pela Secretaria de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras do Sinpro, com integrantes do Levante Feminista contra o Feminicídio.

O TV Sinpro desta quinta-feira (29), começa às 17h30, e é transmitido pela TV Comunitária de Brasília (Canal 12 da NET) e pelas redes sociais do sindicato (Facebook e Youtube). Não perca!

Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, de 26 a 30 de agosto

A diretoria colegiada do Sinpro-DF considera muito importante o Calendário Escolar da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal (SEEDF) trazer para o conteúdo curricular o tema da violência contra as mulheres e, principalmente, dedicar um período para realizar a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher. A semana ocorre entre esta segunda-feira (26/8) e vai até sexta-feira (30/8).

As escolas se prepararam para fazer essa formação e conscientização sobre a situação da mulher na sociedade, da menina na escola, da mulher no mercado de trabalho, enfrentando essa violência que vem de uma cultura patriarcal e machista, que uma dura realidade. No entendimento da diretoria, uma das formas mais eficientes de promover a cultura da paz, o respeito ao(à) outro(a) e de mudar a sociedade é trazendo esse tem transversal para dentro da escola.

“Isso é muito importante porque, ao trabalhar isso com os nossos estudantes, deixamos de reproduzir aquele currículo conservador, que ao negar a realidade sofrida pelas mulheres, reproduz e é cúmplice de relacionamentos que alijam mulheres, que as deixam em situação de submissão, de afastamento das mulheres de cargos de liderança e sufocam as potencialidades de suas identidades”, afirma Mônica Caldeira, coordenadora da Secretaria de Mulheres do Sinpro-DF.

Ela considera muito importante ter esse tema no calendário escolar porque fortalece o currículo. “Já temos o Currículo em Movimento no Distrito Federal que trabalha com a diversidade, com a cultura da paz, com o combate à violência de gênero, mas, sobretudo, ter, no Calendário Escolar, instituída pela Secretaria de Educação oficialmente, uma semana para esse fim é muito importante e demonstra o papel social da escola, que não afasta e nem alija mulheres da emancipação”.

“É de suma importância trabalhar sobre violência contra as mulheres nas escolas , pois só assim poderemos formar cidadãos conscientes  de que a mulher tem direito as suas escolhas ,direito à vida  e tem liberdade  pra isso. Não existe donos dos nossos corpos, da nossa vida e nossa alma”, afirma Silvana Fernandes, diretora do Sinpro-DF.

Regina Célia, diretora do Sinpro-DF, traz outra observação para o debate. Ela alerta para uma forma errada de falar sobre violência nas escolas. “É muita irresponsabilidade dizer que a escola pública é violenta. É importante corrigir esse discurso porque a violência é da sociedade e reverbera na escola e em todos os outros ambientes de convívio social”, afirma.

“Isso é uma questão muito séria porque quando se fala ‘violência da escola’, é como dizer que a escola é um local de violência e não é . Pelo contrário, é local de ser feliz, de acolhimento de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Além de ser local de difusão de conhecimento, é local da construção da paz, da cidadania, de convivências solidárias, tolerantes e respeitosas. Isso é educação. É local de as pessoas se sentirem mais acolhidas do que em outros lugares sociais”, explica Regina.