TV Globo presta desserviço à população e divulga matéria errada sobre reposição

A Rede Globo volta a produzir material sem apuração e sem responsabilidade com a informação e é desmentida pela TV Record. Novamente, durante esta semana, a TV Globo produziu conteúdo sobre a reposição das aulas que ocorre desde dezembro, após a greve dos (as) professores (as), ouvindo somente alguns estudantes e, com isso, repassando para a sociedade informações completamente erradas que difamam a categoria docente e desqualificam o trabalho acadêmico da rede pública de ensino.
No início desta semana, o Sinpro-DF soltou nota de esclarecimento sobre isso (confira aqui), após essa TV divulgar matéria sem ouvir os outros lados e sem verificar os fatos. Todavia, diferentemente das outras TVs, que fizeram a matéria mostrando a verdade, a Rede Globo volta a veicular notícia tendenciosa, prestando desserviço à população do Distrito Federal.
Confira a matéria da TV Record aqui.
Assim, como essa TV persistiu nessa campanha de difamação da categoria e, sem nenhum conhecimento dos procedimentos pedagógicos adotados nas escolas, continua divulgando informações erradas com depoimentos de estudantes dizendo que o que está ocorrendo não é reposição e sim recuperação, professores e professoras que estão repondo as horas de trabalho em razão da greve passaram a publicar nos seus perfis em redes sociais fotos, áudios e até vídeos do seu trabalho.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF esclarece à comunidade escolar que a recuperação é uma estratégia pedagógica que ocorre dentro do processo de aula normal. A reposição, por sua vez, não está relacionada com o conteúdo pedagógico e sim com as horas trabalhadas. A reposição das horas trabalhadas neste fim de ano letivo é um mecanismo usado pela categoria para repor aulas suspensas durante a greve.
Quanto à estratégia pedagógica adotada no decorrer dos anos letivos, o que ocorre é que, faltando de 10 a 12 aulas para encerrar o calendário escolar, o (a) professor (a) deve, nas séries finais dos ensinos fundamental e médio, utilizar dos recursos e do tempo para recuperar os estudantes que não obtiveram rendimento satisfatório ao longo do ano. Isso ocorre em todo fim de ano letivo. Isso é um direito do (a) estudante.
A matéria da TV Globo, de forma deturpada, deu um tom enfático de que o que está havendo não é reposição e sim recuperação, como se a recuperação não fosse uma atividade prevista na estratégia pedagógica. A recuperação é objeto de lei que garante ao (à) estudante o direito de fazê-la no fim de ano. Numa atitude perversa para difamar e prejudicar a categoria docente, essa TV evoca a recuperação como se ela não fosse uma estratégia pedagógica, adotada todo fim de ano, por todas as escolas do país e os (as) estudantes não tivessem que ter, nesse período, o direito à recuperação.
As matérias nessa TV sobre a reposição de horas de trabalho dos (as) professores (as) que fizeram greve está, propositadamente, confundindo reposição de horas de trabalho com qualidade do serviço prestado.  Assim, no calendário escolar de todos os anos, tanto na rede pública como na rede privada, os dias finais do calendário escolar é período de recuperação e, nesse período, ficam apenas os (as) estudantes que estão de recuperação. Importante lembrar que, nesse período, não existe aplicação de conteúdo novo.
Importante esclarecer também que, se o (a) estudante que está de recuperação e, ao longo do ano, teve dificuldades de acompanhar o conteúdo e de ter rendimento satisfatório, não é agora, no período de recuperação, e colocando conteúdo novo, que ele vai se recuperar. O que esse (a) estudante precisa é de um espaço e aulas que possam retomar os assuntos já tratados, conteúdos já trabalhados, para ele (a) poder fazer uma boa avaliação, à qual tem direito.
Importante esclarecer ainda que, mesmo que não tivesse tido greve, o ano letivo de 2015 estava previsto para terminar, segundo o Calendário Escolar Arbitrário do Governo Rollemberg, no dia 28 de dezembro, com aplicação de provas finais no dia 29.
Quem tem filhos e filhas na escola particular sabe que a rede privada liberou estudantes aprovados na segunda quinzena de novembro de 2015 e deu continuidade ao ano letivo apenas para os que ficaram de recuperação. A indignação dos (as) professores (as) da rede pública que estão em reposição de horas de trabalho em decorrência da greve com a matéria da TV Globo levou a categoria mandar fotos e áudios que estão circulando nas redes sociais.
Portanto, de acordo com esse calendário, por volta do dia 5 e 8 de dezembro os (as) estudantes aprovados (as) já teriam sido liberados (as) para férias e só ficariam mesmo os (as) estudantes que teriam aulas de recuperação para fazer uma boa prova e obter média para passar de ano. (Confira Calendário Escolar Arbitrário do Governo Rollemberg).