Trabalhadores dizem não em ato contra a reforma trabalhista

Mais um “esquenta” para a Greve Geral aconteceu nesta tarde de quarta (19), no espaço do servidor na Esplanada dos Ministérios. Várias categorias se mobilizaram para, mais uma vez, dizer NÃO à reforma trabalhista. O ato desta tarde serviu para dar um alerta ao governo golpista de que se colocar em votação, o povo vai às ruas se manifestar.
Na noite desta terça-feira (18), os deputados golpistas tentaram empurrar o pedido de urgência para que a tramitação da reforma trabalhista seguisse em “toque de caixa”. Eram necessários 257 votos favoráveis para o regime de urgência ser aprovado, porém, apenas 230 deputados votaram pela aceleração, sendo 163 contra e uma abstenção.
Para o secretário geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, é importante que a classe trabalhadora esteja atenta aos desmandos do golpismo. “Eles estão, de toda forma, tentando acelerar a retirada de direitos dos trabalhadores, mas o que eles não sabem, ou fingem não saber, é que estamos preparados para fazer a luta e defender nossos direitos”, afirmou.
O presidente da CUT Nacional, Wagner Freitas, a deputada federal Erika Kokay e Guilherme Boulos, membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MST), estiveram presentes no ato e reafirmaram que dia 28 será a maior Greve Geral que o Brasil já teve. “Eles pediram e terão o país parado. Se essa é a forma de barrar a retirada de direitos, a classe trabalhadora em unidade estará pronta”, afirmou Boulos.
Caso aprovada, a reforma trabalhista dá poder aos patrões de imporem cláusulas em acordos coletivos que retiram direitos garantidos nas leis brasileiras, permitindo, por exemplo, a jornada de trabalho de 12 horas diárias. Também não será mais obrigatório conceder, ao menos, uma hora de almoço aos empregados, nem as férias de 30 dias e, noutro ponto absurdo, a medida libera que mulheres grávidas e em período de amamentação possam trabalhar em locais insalubres, o que é proibido pela legislação atual.
“Com o PL 6787/2016, regredimos mais de um século em direitos trabalhistas, até o ponto em que éramos escravizados e só nos restava cumprir ordens e nos submeter a todo tipo de exploração”, finaliza Rodrigues.