Tire suas dúvidas sobre a vacinação de pessoas com comorbidades

O departamento jurídico da Secretaria de Saúde do Sinpro-DF preparou um informativo para tirar dúvidas acerca da vacinação de pessoas com comorbidades no Distrito Federal, que começou no último dia 6. A imunização será realizada gradualmente, com prioridade para deficientes, pessoas em terapia renal substitutiva, gestantes e puérperas.

As comorbidades contempladas no cronograma da campanha de vacinação estão previstas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação. Todas as informações abaixo foram coletadas no sítio eletrônico da Secretaria de Saúde do GDF.

 

Quais comorbidades serão atendidas na vacinação?

 

  • Diabetes melitus

Inclui “qualquer pessoa com diabetes”, segundo a Secretaria de Saúde.

  • Pneumopatias crônicas graves

Pessoas com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).

  • Hipertensão Arterial Resistente (HAR)

HAR, segundo a Secretaria de Saúde, é quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas, mesmo com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão. Também inclui quem tem a pressão controlada apenas após uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos.

  • Hipertensão Arterial estágio 3

Pressão arterial sistólica 2180mmHg e/ou diastólica 2110mmHg, independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.

  • Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com LOA

PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg, na presença de lesão em órgão-alvo (LOA) e/ou comorbidade.

  • Insuficiência cardíaca (IC)

IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.

  • Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar

Pacientes com cor-pulmonale crônico (aumento do ventrículo direito secundário à pneumopatia, o qual provoca hipertensão arterial pulmonar, sucedida por insuficiência ventricular direita) e hipertensão pulmonar primária ou secundária.

  • Cardiopatia hipertensiva

Inclui hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica (lesões em outros órgãos Halvo).

  • Síndromes coronarianas crônicas

Inclui Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica e pós-infarto agudo do miocárdio.

  • Valvopatias

Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (como estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricuspide, entre outras).

  • Miocardiopatias e pericardiopatias

Neste grupo, são consideradas miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica e cardiopatia reumática.

  • Doenças da Aotya, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas

Inclui aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.

  • Arritmias cardíacas

Serão consideradas arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada, como fibrilação e flutter atriais.

  • Cardiopatia congênita no adulto

Devem ser cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas, insuficiência cardíaca, arritmias e comprometimento miocárdico.

  • Próteses valvares e dispositivos cardíacos

Estão entre os aparelhos: marca-passos, cardiodesfibriladores, ressincronizadores e assistência circulatória.

  • Doença cerebrovascular

Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório ou demência vascular.

  • Doença renal crônica

Doença renal crônico estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.

  • Imunossuprimidos

Inclui:

  1. Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
  2. Pessoas vivendo com HIV e CD4 <350 células/mm3;
  3. Doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
  4. Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
  5. Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses;
  6. Neoplasias hematológicas.
  • Anemia falciforme

Inclui todos os níveis com esse diagnóstico.

  • Obesidade mórbida

Considerados aqueles com índice de massa corpórea (IMC) a partir de 40.

  • Síndrome de down

Diagnosticados, com mais de 18 anos de idade.

  • Cirrose hepática

Do tipo A, B ou C.

 

Qual o cronograma de vacinação?

A vacinação de pessoas com comorbidades foi dividida em duas fases.

  • A Secretaria de Saúde detalhará as fases seguintes de acordo com o andamento da campanha e a chegada de novas doses ao DF. Esta cartilha seguirá sendo atualizada conforme novas informações. 

 

Como ocorrerá?

O atendimento ocorrerá após o cadastro e agendamento que deverá ser realizado por todas as pessoas portadoras de comorbidades.  Após o cadastro, o sistema da Secretaria de Saúde irá reconhecer, através do CPF do usuário, se ele é portador de alguma comorbidade, por meio dos registros de atendimentos no SUS. 

No caso de professores e orientadores educacionais que não tenham recebido atendimento em um dos postos ou hospitais do SUS, com diagnóstico ou informação da doença, devem se cadastrar no site, no entanto será necessário apresentar um laudo médico que comprove a doença quando for se vacinar.

 

Como realizar o cadastro e agendamento:

O cadastro deverá ser feito pelo site vacina.saude.df.gov.br. Caso haja alguma dificuldade na hora de cadastrar os dados via internet, o cidadão poderá procurar a unidade básica de saúde mais próxima e, com sua equipe de saúde da família, através do agente comunitário de saúde, fazer o cadastro.

 

Confira o passo a passo para realizar o cadastro:

  1. Acessar o site vacina.saude.df.gov.br
  2. Escolher a opção “cadastro comorbidades”
  3. Preencher os dados
  4. Selecione a comorbidade
  5. Preencher informações adicionais sobre a comorbidade 
  6. Finalizar o cadastro e confirmar

Após o cadastro, o agendamento estará disponível de acordo com o período de cada comorbidade a ser anunciada no site da Secretaria da saúde. 

 

Caso o servidor tenha errado algum dado, é possível corrigi-lo?

No site vacina.saude.df.gov.br, uma tela de correção está disponível para possíveis alterações no cadastro. É preciso ter em mãos os números do CPF e do código de cadastramento. Só vale para quem não marcou a data de receber a vacina.

 

Tenho mais de uma comorbidade. Qual devo escolher?

A pasta orienta que opte por registrar a que considera mais crítica. Lembre-se: quem não for atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sim pela rede particular, deve apresentar um relatório médico que comprove a informação.

 

Quais documentos devo apresentar no momento da vacinação? 

Leve uma caneta para o seu formulário de identificação, cartão de vacinas, número do cartão do SUS, CPF, comprovante de agendamento. No caso de servidores que não tenham sido atendidos pelo SUS, também é necessário apresentar relatório médico. 

 

Não levei a impressão do agendamento na hora de vacinar. E agora?
O comprovante é necessário para comprovar a marcação que vem com data, hora e local de vacinação. O ideal é que ele seja entregue impresso no momento do atendimento. Mas quem não conseguir apresentá-lo em papel poderá fazer um print do agendamento na tela do celular como comprovante. Isso garantirá, inclusive, o direito à segunda dose.

 

Posso entregar uma cópia do relatório médico particular ou apresentá-lo pelo celular?
Neste caso é exigida a entrega do laudo original, com no máximo 6 meses de emissão. Resultados de exames não servem como comprovação. 

 

Sou alérgico a alguns componentes químicos. Posso tomar a vacina?
Todas as vacinas disponíveis para aplicação no Brasil têm na sua bula quais as contraindicações. As hipersensibilidades são indicadas nas vacinas, assim como nos medicamentos. É preciso saber quais as suas e indicá-las ao técnico antes da aplicação.

 

Fiz um agendamento, mas tive um imprevisto e não consegui comparecer ao posto no dia e horário marcados. Perdi a chance de ser vacinado?

Neste caso, basta comparecer à mesma unidade de saúde indicada com um documento e o comprovante de agendamento no dia seguinte da marcação.

 

Me senti mal após tomar a vacina. Devo procurar um atendimento médico?

Dores no local de aplicação e mal-estar como dores de cabeça ou febre são alguns dos sintomas registrados em alguns pacientes nas primeiras 24 horas depois da aplicação. Indisposições mais graves e constantes devem ser comunicadas na unidade de aplicação para que o Ministério da Saúde seja informado e acione o laboratório de fabricação.

 

Quem tomou a vacina influenza contra a gripe recentemente, pode se vacinar contra a Covid-19?

 É preciso um intervalo mínimo de 15 dias entre uma vacina e outra. Comunique ao aplicador na hora da vacinação. A Secretaria de Saúde orienta que, na dúvida entre qual tomar primeiro, escolha o imunizante contra a doença que oferece mais risco de complicações – no caso, a que combate o coronavírus.

 

O professor ou orientador educacional que exerça suas atividades no DF, mas resida no entorno, poderá se vacinar? 

A saúde é uma garantia constitucional e o acesso é universal e igualitário. Assim, embora seja necessário informar endereço no momento do cadastro, até o presente momento não há informações acerca de impedimentos para sua conclusão. 

 

Quais os pontos disponíveis de vacinação? 

O atendimento ocorre em 55 pontos da capital federal, de segunda a sexta-feira. Alguns pontos oferecem duas modalidades de atendimento: presencial (atendimento de 8h às 17h) e drive-trhu (atendimento de 9h às 17h). Mais informações podem ser encontradas no site: http://www.saude.df.gov.br/locaisdevacinacao/.

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