Teto de escola em Ceilândia cai durante aula

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Uma placa de metal que forma o teto de uma das salas da Escola Classe 59, em Ceilândia, caiu em cima de uma mesa utilizadas pelos alunos, em horário de aula, após as chuvas da tarde desta quarta-feira (5/10). Segundo informações de funcionários da escola, o material quase atingiu um dos estudantes, que havia sido trocado de lugar minutos antes pela professora, por conta das gotas de água que caiam em cima da cadeira dele.
Por sorte, ninguém ficou ferido. No entanto, o caso traz de volta à tona o debate sobre a reconstrução da EC 59 de Ceilândia, que atende a cerca 600 crianças , de 4 a 12 anos. O prédio foi construído em 1989 e deveria ser provisório, mas já funciona no mesmo endereço há 27 anos.
Em julho deste ano, uma decisão liminar do Tribunal de Justiça do DF e Territórios determinou a reconstrução da escola, depois que o Ministério Público apresentou laudos técnicos que apontaram a completa deterioração das instalações físicas da unidade escolar, havendo risco de desabamento, além de outros problemas. A situação também foi confirmada por pareceres da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do DF.
Segundo o diretor da escola, Gilson Machado Nunes, o juiz responsável pelo caso determinou que as obras fossem concluídas até agosto de 2017 e proibiu qualquer atividade escolar no local a partir do 2º semestre de 2016, com a transferência de todos os alunos para escolas próximas e fornecimento de transporte escolar. No entanto, o GDF recorreu da decisão e reabriu a escola.
Com a queda da placa do teto, as aulas estarão suspensas nesta quinta e sexta-feira, voltando ao normal na próxima segunda-feira, dia 10.
De acordo com dirigentes do Sinpro-DF, o caso não é isolado. Há várias escolas no Distrito Federal que foram construídas provisoriamente, para durar entre cinco e oito anos no máximo. Mas a realidade é outra e essas escolas ainda estão de pé após décadas de uso.
“O GDF deveria ter reconstruído essas unidades de ensino, mas o que vemos são apenas ações pontuais e emergenciais quando algo ocorre. A precariedade impera no espaço dessas escolas. É preciso seriedade antes que uma tragédia de fato possa acontecer”, advertiu o coordenador de Imprensa do Sindicato, Cláudio Antunes.
Com informações do Metrópoles