Terceirizados do GDF decidem indicativo greve nesta quarta (10)

Os trabalhadores terceirizados na limpeza, conservação, manutenção e merendeiras que prestam serviços ao GDF realizam assembleia no próximo dia 10 de junho, quarta-feira, às 17 horas, no estacionamento do Teatro Nacional de Brasília – próximo a Rodoviária do Plano Piloto. Exclusiva dos empregados das empresas contratadas por órgãos do GDF, a assembleia extraordinária discutirá medidas de pressão e indicativo de greve por causa do descumprimento da convenção coletiva de trabalho firmado no início do ano.
As empresas não estão  aplicando reajuste salarial de 9% para quem ganha até R$ 1.500,00; 7% para quem ganha acima desse valor; não pagam dois salários base do auxiliar de serviços gerais para os encarregados e fiscais e não deu o aumento no tíquete alimentação de R$ 20,00 para R$ 24,00.
A direção do Sindiserviços-DF, sindicato que representa a categoria, não mediu esforços para tentar resolver a questão sem que houvesse a necessidade de se propor a realização da Assembléia Extraordinária. O sindicato encaminhou no inicio do ano denúncia para o Ministério Publico do Trabalho para mediar à questão e não obteve êxito com os patrões nem com o GDF.
Por isso, a entidade foi obrigada a mover Ação Coletiva no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT – 10ª Região), para obrigar os patrões a respeitarem a Convenção Coletiva, conforme determina a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). As audiências no TRT estão marcadas para o segundo semestre deste ano. Algumas delas ocorrerão somente no final do ano, período em que a categoria já estará em campanha salarial.
Os patrões contratados pelo GDF têm declarado que estão recebendo as parcelas dos contratos em atraso e sem a aplicação dos aumentos. O GDF estaria se negando a pagar as repactuações do ano passado.  A justificativa e o procedimento são ilegais, pois não se pode transferir o ônus e riscos da atividade empresarial em hipótese alguma para os trabalhadores.
Não bastasse isso, o GDF está cortando 20% dos contratos de serviços desde o início do ano, o que vem provocando demissões em massa de terceirizados. “É preciso estancar essa política de ajuste de contas do GDF às custas do emprego dos trabalhadores. O governador não pode cometer esse crime, prejudicando a vida de trabalhadores e piorando, consequentemente, a qualidade do serviço prestado nas repartições públicas,” disse Isabel Caetano, presidente do Sindiserviços.