Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade: valorização da cultura ancestral

Neste 1° de outubro de 2024, celebramos o Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Terceira Idade, um momento de reflexão sobre a contribuição valiosa dos idosos à sociedade e a importância de políticas públicas que garantam seu bem-estar. O Sinpro destaca a necessidade de respeitar e comemorar as experiências acumuladas ao longo da vida, reconhecendo o valor dos idosos e das idosas do Magistério Público, bem como de nosso País, como pilares de nossa sociedade.

Atualmente, segundo o Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em 12 anos. A população idosa com 60 anos ou mais chegou a 32,1 milhões de pessoas, 15,8% da população do País. O aumento é de 56% em relação a 2010, quando era de 20,5 milhões (10,8%). Ainda de acordo com o Censo, a idade mediana da população brasileira aumentou seis anos desde 2010 e passou de 29 para os 35 anos em 2022.

Esse envelhecimento populacional traz desafios significativos, especialmente na área da saúde. Segundo dados do Ministério da Saúde, 26% dos idosos convivem com diabetes, 20% são obesos, 58% têm hipertensão e 67% estão acima do peso, refletindo a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para a saúde e o bem-estar dessa faixa etária.

Ministério da Cultura e a valorização das ancestralidades

Este ano, o Ministério da Cultural destacou um aspecto que o Sinpro considera fundamental para uma sociedade mais justa: além da saúde, a inclusão social e a valorização cultural são essenciais. O ministério destacou a importância de mestres e mestras da cultura tradicional e popular, muitos deles com mais de 60 anos, dedicam suas vidas a preservar saberes ancestrais em suas comunidades. Manifestações culturais, como Folias de Reis, Frevo e Capoeira, são transmitidas de geração em geração, fortalecendo a identidade e os laços sociais. Como ressalta Makota Kidoiale, mestra da Universidade Federal de Minas Gerais, “o saber do mais velho para o mais novo assegura respeito, identidade, diversidade e cultura”.

A cultura também é uma ferramenta poderosa para promover o bem viver em todas as fases da vida. A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg, enfatiza que “envelhecer com arte e a arte de envelhecer” são caminhos que enriquecem a experiência de vida. O Ministério da Cultura tem se empenhado em incluir artistas idosos nas políticas culturais, reconhecendo suas contribuições essenciais para o cenário cultural do Brasil.

Um exemplo dessa valorização é o Prêmio de Culturas Populares e Tradicionais – Mestre Lucindo, que premiou 351 iniciativas culturais, incluindo 64 agentes culturais com 60 anos ou mais. Iniciativas como o coletivo Mulheres do Samba de Roda, formado por mulheres entre 60 e 80 anos, exemplificam como a cultura pode ser um meio de resistência e valorização da trajetória de vida.

O Sinpro considera fundamental que as políticas públicas se comprometam a defender os direitos dos idosos, incluindo moradia digna, saúde, educação e inclusão social. Tanto é que dedica um espaço de sua luta sindical aos(às) idosos(as) aposentados(as) ou não da categoria por meio da Secretaria de Assuntos para Aposentados. O fortalecimento dessas ações é crucial para garantir que todos possam envelhecer com dignidade e continuar contribuindo ativamente para a sociedade.

Neste Dia Nacional do Idoso, celebramos não apenas a vida dos idosos, mas também a riqueza cultural que eles representam. É um momento para reafirmar o compromisso coletivo de construir um futuro em cada pessoa, independentemente da idade, tenha seu valor reconhecido e respeitado.