Seis escolas rurais participam do projeto “Trilhando João: Do Cerrado ao Sertão”
Entre junho e julho de 2023, seis escolas rurais da rede pública de ensino do Distrito Federal serão palco de 12 apresentações (duas por escola) do projeto “Trilhando João: Do Cerrado ao Sertão”. Trata-se de um projeto de circulação do espetáculo de teatro para crianças “João, Joãozinho, Joãozito”, de autoria das professoras e atrizes Marília Cunha e Nadja Dulci e Ana Flávia Garcia.
Segundo informações do grupo de arte-educadores(as), o projeto é uma ação híbrida em teatro e arte-educação a ser realizada em circuito inspirado simbolicamente na geografia presente na obra de João Guimarães Rosa, pelo cerrado e sertão: de Brasília-DF a Sagarana-MG. Confira no final desta matéria o calendário de apresentação e as escolas.
O projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF) e, no DF, foram escolhidas as cidades do Paranoá e Planaltina; de Goiás, as cidades de Formosa e Cabeceiras; de MG, Arinos e Sagarana. Informações do grupo de arte-educadores envolvidos no projeto, a ação nas escolas será realizada em duas etapas: a primeira, por meio da mediação em arte-educação para estudantes e professores(as); a segunda fase será voltada à formação de plateia, com as apresentações do espetáculo.
Haverá distribuição de 12 exemplares do livro “João, Joãozinho, Joãozito – O menino encantado”, de Cláudio Fragata nas escolas contempladas. Outras escolas podem se inscrever para participar do projeto em 2024 pelo e-mail: trilhandojoao@gmail.com. O grupo disponibiliza também um blog, criado para compartilhamento dos conteúdos gerados pelas atividades: https://trilhandojoao.blogspot.com/. Além do blog, há um perfil no Instagram: https://www.instagram.com/trilhandojoao/
O espetáculo
Em nota à imprensa, o grupo explica que “a escolha do perfil desta circulação vem do resultado estético criado no espetáculo “João, Joãozinho, Joãozito”. A obra literária homônima retrata de maneira ficcional e poética a infância de João Guimarães Rosa, um menino quieto do interior do sertão de Minas Gerais que ainda muito cedo, se apaixona pelas palavras. O espetáculo possui uma dramaturgia física, em diálogo com teatro-dança e animação de objetos, que levanta as delicadezas das relações vitais do menino, propondo ao público um caminho estético inverso ao comumente oferecido às crianças, que envolve notadamente: multiplicidades a nível da dispersão e excessos de informação”.
Também informa que “a plasticidade é minimalista, com trilha original. Trata-se de um convite ao silêncio, ao valor das pequenas ações e a ênfase na simplicidade dos acontecimentos na vida do menino quieto”. Além disso, para a ação nas escolas foi produzida a “Agenda de Encantamento”, uma cartilha autoral impressa destinada aos(às) educadores(as), propondo repertório de abordagens poéticas-criativas-afetivas a partir da sugestão de jogos, cantigas, atividades lúdicas relacionadas ao espetáculo.
Artistas, estudantes e educadores estarão juntos em dois encontros. No primeiro. dia acontecem as mediações e a apresentação da Agenda de Encantamento (para professores) e da obra literária “João, Joãozinho, Joãozito – O menino encantado” para toda a comunidade escolar. No segundo dia, acontecem as apresentações do espetáculo, em um ambiente favorável ao reconhecimento e à fruição estética. Desta forma, a equipe visa proporcionar o encontro de João, Joãozinho, Joãozito com tantos outros meninas e meninos encantados, encontro de comunicação e afetos, onde o fenômeno artístico teatral se manifeste em sua potência máxima, como elemento indissociável na formação de cidadãos críticos e sensíveis.
“A escolha por circular nas escolas rurais com este projeto, nos conta da nossa necessidade de investigação artística: encontrar as crianças “meninos quietos” que possam trazer para nós pistas sobre a fruição de quem está mais perto da natureza, dos pastos, dos bichos, do céu e do silêncio. Até agora fizemos suposições sobre as estéticas desse imaginário da infância de João Rosa. Agora vamos lá encontrar essas crianças e descobrir que química dá esse reconhecimento”, explica Ana Flávia Garcia.
Calendário de apresentação e escolas envolvidas no projeto:
26/06 COLÉGIO ESTADUAL PADRE LAMBERTO VERRIJT (CABECEIRAS – GO)
27/06 – ESCOLA RURAL DE RAJADINHA (PLANALTINA)
28/06 – ESCOLA PROJETO PARANÃ (FORMOSA)
29/06 – ESCOLA NATUREZA (PARANOÁ) – com tradução em LIBRAS
06/07 – ESCOLA RIVALINO DURÃES (SERTÃO VEREDAS, ARINOS MG)
07/07 – ESCOLA VASCO BERNARDES DE OLIVEIRA (SAGARANA, ARINOS MG)
Serviço
Redes digitais do projeto:
Instagram: instagram.com/trilhandojoao
Blog: trilhandojoao.blogspot.com
Ficha técnica:
Coordenação geral: Marília Cunha
Direção artístico pedagógica, Dramaturgia e Direção Musical: Ana Flávia Garcia
Elenco: Marília Cunha e Nadja Dulci
Arte-educadoras: Marília Cunha, Nadja Dulci e Ana Flávia Garcia
Trilha Sonora: Lucas Ferrari e Ana Flávia Garcia
Design Gráfico e Assessoria de Mídias Digitais: Hugo Carvalho
Assessoria de Imprensa: Josuel Junior
Gestão e Coordenação de Produção: Fernando Franq (Faço)
Livremente inspirado na obra homônima de Claudio Fragata.