Sinpro se soma ao ato Fora Bolsonaro, dia 9 de abril

A reivindicação pela saída de Jair Bolsonaro da presidência da República é, mais uma vez, mote de manifestação da população do Brasil e do DF. A ação será realizada neste 9 de abril e, na capital federal, a concentração será a partir das 16h, no Museu Nacional da República. De lá, será realizada marcha até o Congresso Nacional.

O lema desta manifestação contra Bolsonaro é “Contra o aumento dos combustíveis e do gás! Não à fome e ao desemprego”. Não por menos. Com a política do ex-capitão do Exército, a gasolina aumentou 18,8%, o gás de cozinha 16,1% e o diesel 24,9%. Além disso, o Brasil registra 19 milhões de pessoas com fome, 116,8 milhões em estado de insegurança alimentar e 12 milhões de desempregados.

A educação também perdeu com Bolsonaro, e muito. Reportagem da BBC mostra que a educação básica foi um dos principais alvos do governo federal, “que cortou R$ 402 milhões da dotação que havia sido aprovada no Congresso”. Com os vetos de Bolsonaro, o Ministério da Educação, como um todo, perdeu R$ 739,8 milhões.

Além das perdas econômicas, a educação perdeu também em políticas públicas. “Na dança das cadeiras, o terceiro ministro da Educação, Milton Ribeiro, deu continuidade a um antiprojeto de educação. Não há metas para alfabetizar crianças, o ensino básico perdeu recursos como nunca, o Enem foi esvaziado; a possibilidade de ingressar na universidade foi surrupiada daqueles que sonhavam em fazer curso superior para ter alguma chance de alcançar melhores condições de vida. A educação no governo Bolsonaro foi relegada à indigência gerencial”, afirma a diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa, em artigo.

Aliás, a pasta da Educação é alvo de um dos maiores escândalos do governo Bolsonaro, envolvendo até pagamento em ouro em troca de influência para liberação de recursos para construção de escolas e creches. Um esquema que envolve o agora ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, Bolsonaro e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, amigos do presidente da República.

Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores do DF (CUT-DF), Rodrigo Rodrigues, é imprescindível que se aponte o verdadeiro culpado pelo caos que o Brasil se encontra. “Bolsonaro fez questão de negligenciar o povo brasileiro no momento em que o país mais precisava de uma gestão competente e preocupada com a classe trabalhadora, que foi e ainda é essa pandemia. Ao invés de garantir que a população pudesse se proteger do vírus e continuar tendo emprego e renda, o presidente se voltou contra os mais vulneráveis, congelando salários, permitindo redução dos rendimentos, recusando a compra de vacinas que poderiam ter salvado a vida de milhares, privilegiando rentistas e empresários”, afirma em publicação feita pela Central.

Pesquisa do Datafolha divulgada no último dia 24 de março mostra que, dos pré-candidatos à presidência da República, Bolsonaro é o que tem maior índice de rejeição: 55% dos entrevistados afirma que não votaria nele de jeito nenhum.

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