Sinpro se posiciona contra projeto que mexe na previdência de servidores

sinpro IPREVPor 23 votos favoráveis e apenas um contrário – o do deputado distrital Wasny de Roure (PT) – a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou substitutivo ao PLC 30, projeto que autoriza o GDF a utilizar recursos do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev) para pagar salários dos servidores. A sessão ocorreu na tarde desta terça-feira (29).
Desde o início, a diretoria colegiada do Sinpro-DF se manifestou contrária à medida, por entender que esta poderá gerar prejuízos futuros à previdência do funcionalismo, além de ter sido encaminhada de forma arbitrária e autoritária, ou seja, sem discutir com a categoria – entre outros sérios problemas.
Ainda na manhã de hoje, os dirigentes do Sinpro-DF Rosilene Corrêa e Cleber Soares, em reunião com o governador Rollemberg, reafirmaram não haver como defender o PLC 30, pois retira recursos do Iprev, salientando que o GDF deveria fazer todos os pagamentos em dia e honrar o que diz a lei sobre os reajustes previstos – já que há outras formas de aumentar a arrecadação, como o combate aos grandes sonegadores e a revisão das atuais políticas de isenções fiscais.
Já na CLDF, dirigentes do Sindicato mantiveram a postura contrária e solicitaram, mais uma vez, que a votação fosse adiada. Como resposta, a presidente da Casa, deputada Celina Leão, disse que a “Câmara não poderia fazer isso, sob pena de ser acusada de atrasar o salário dos servidores”.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF reafirma que o governo Rollemberg, com aval da CLDF, fez a pior opção, pois há riscos reais para a aposentadoria dos servidores e abre precedente para que a situação volte a acontecer, sem resolver os problemas da categoria, ou seja, a retirada dos recursos do Iprev não irá garantir o reajuste.
Em nota publicada na página 3 do jornal Correio Braziliense desta terça, o Fórum em Defesa do Serviço Público no Distrito Federal e Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público do Distrito Federal já repudiava, mais uma vez, a atitude autoritária do governador do DF, rejeitando todo o pacote de arrocho e desaprovando a subtração de direitos duramente conquistados.
Confira a íntegra da nota abaixo, que também foi entregue aos(às) deputados(as) distritais:
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