Sinpro repudia o massacre de mineiros em greve na África do Sul

O Sindicato dos Professores no Distrito Federal repudia o assassinato covarde dos trabalhadores que protestavam por melhores salários na mina de platina Marikana, no noroeste da África do Sul, ocorrido na quinta-feira (16). Uma emissora local filmou os agentes disparando tiros fuzil contra milhares de mineiros em greve. O massacre diante das câmeras, que está sendo divulgado por todo o mundo, lembra a violência nos tempos do Apartheid, e, na opinião do Sinpro, é inconcebível ocorrer em pleno século XXI.
O protesto, realizado contra os baixos salários, contava com a participação de cerca de três mil mineiros, que trabalham na empresa britânica Lonmin, produtora de platina. Tudo começou pela disputa entre dois sindicatos rivais, a majoritária Associação de Trabalhadores da Mineração e Construção (AMCU) e a União Nacional de Mineiros (NUM), iniciada há uma semana, logo após a declaração de uma greve.
Na quinta-feira (16) os policiais cercaram os manifestantes, que estavam armados com paus e facões, e dispararam tiros de fuzil. O comissário da polícia sul-africana, Riah Phiyega, informou que 34 mineiros morreram, 78 ficaram feridos e outros 259 foram detidos. Já um dos líderes sindicais dos mineiros, Frans Baleni, em entrevista a uma rádio local, afirmou, nesta sexta-feira (17), que pelo menos 36 pessoas morreram. O número de mortos não é definitivo e pode aumentar, segundo a imprensa local.
Jacob Zuma, presidente da África do Sul, disse estar chocado e consternado com a violência sem sentido. “Acreditamos que há espaço suficiente em nossa ordem democrática para resolver qualquer disputa mediante o diálogo, sem violência e sem descumprir a lei”, acrescentou Zuma.
Fontes: Globo.com, Carta Capital, Correio Braziliense e opinião do Sinpro