Sinpro repudia ataque à democracia e tentativa de golpe dos criminosos bolsonaristas

O Sinpro-DF condena, veementemente, os atos terroristas ocorridos na Esplanada dos Ministérios, nesse domingo (8), contra a democracia e a destruição do patrimônio público nacional. A ação foi um ataque à República brasileira representada pelos prédios que representam os Três Poderes, demonstrando o propósito desse grupo que, há meses, insiste em contestar a democracia expressa pelo povo nas eleições de 2022, com intuito de sequestrar a institucionalidade do Estado democrático de direito.

É imprescindível a imediata apuração e punição exemplar dos mentores, financiadores e executores dos atos terroristas contra os símbolos do Estado democrático de direito. Afirmamos que esses criminosos bolsonaristas financiados para estarem em Brasília de forma ostensiva com o propósito de impor um regime autoritário devem ser identificados, investigados e impedidos de continuar a demolir a recente democracia conquistada a sangue e luta após de 21 anos de regime ditatorial e terrorista. Comparamos os atos desse domingo aos crimes quem praticados nos últimos 4 anos contra a vida e a soberania nacional.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) foi omisso e negligente porque era do conhecimento de todos no País, amplamente divulgado pela imprensa, os propósitos dos criminosos bolsonaristas acampados no centro de Brasília. Exigimos que essa inaceitável “tolerância” do governador aos grupos antidemocráticos seja investigada porque tudo o que aconteceu nesse domingo e essa permanência acintosa, nos últimos meses, de acampamento declaradamente golpista nas imediações do Quartel General do Exército (QGE) – uma instituição pública de defesa do Estado nacional – denunciam o desprezo e a transgressão não só governador ao Estado democrático de direito, mas também do comando do QGE.

Por isso e por muito mais, o Sinpro reconhece como legítimo o gesto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias. A ação de Ibaneis de exonerar o seu secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, não basta, afinal, ele o nomeou mesmo sabendo que, legalmente, Torres responde a dois processos no STF.

O Sinpro reitera que a violenta ação terrorista desse domingo como as demais violações contra a democracia cometidas pelos bolsonaristas são ilegítimas e não podem ser denominadas de “manifestação”. Apontamos a ação desse domingo como um dos piores ataques à democracia, à Constituição e ao patrimônio público ocorridos no País desde a sua redemocratização nos anos 1980. Acreditamos que o ataque terrorista tem sim o aval e o estímulo do ex-presidente da República que atuou ativa e/ou passivamente contra a democracia em todo o seu mandato.

Os ataques à eleição democrática de 2022 deste domingo ocorrem 2 anos após a ação antidemocrática protagonizada pela extrema direita dos Estados Unidos da América (EUA) ao atacar o Capitólio após a eleição de Joe Biden e uma semana depois da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que demonstra uma grave orquestração internacional desse grupo conservador. Essa ideologia vem sendo praticada de forma ilegal, inconstitucional e agressiva na capital do Brasil não somente desde outubro de 2022, mas também durante todo o mandato de Bolsonaro.

Afirmamos que esses ataques que estão ocorrendo no Brasil não fazem parte do debate democrático e nem ensejam discussões de ideias. Essa ideologia visa a contestar todos os parâmetros constitucionais e os grupos que a praticam agem de forma criminosa. Por isso, a diretoria colegiada do Sinpro cobra a imediata aplicação das medidas nos marcos legais e democráticos com punição exemplar dos criminosos para que nunca mais se repitam esse tipo de ação e de tentativa de golpe contra a Nação brasileira.

 

 

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