Sinpro inicia nova campanha pela reforma e construção de escolas no DF

Um ato realizado durante a manhã dessa terça-feira (11), no Paranoá, deu início a uma nova campanha do Sinpro junto às escolas e às comunidades escolares. A campanha cobrará do Governo do Distrito Federal a reforma e a construção de escolas na capital federal. Cidades como Paranoá, São Sebastião e Cidade Estrutural são exemplos de locais onde estudantes têm estudado de forma provisória e precária, fatores que comprometem diretamente a qualidade de ensino.
No Paranoá, por exemplo, a situação da região é dramática. As escolas têm uma demanda reprimida de milhares de vagas e os moradores da região são obrigados a estudarem em outras cidades. Diante da ausência do poder público, que não reforma e constrói novas unidades escolares, estudantes desde a educação infantil precisam sair do lugar onde moram para estudar, desterritorializando seus currículos escolares.
Nas escolas existentes, a maioria necessita urgentemente de reforma e em muitas as salas são superlotadas, o que prejudica o desempenho dos alunos. No Centro de Ensino Médio 1, por exemplo, algumas turmas chegaram a ter 50 estudantes. Além disso, outras tiveram de ser readequadas, como o caso do Centro de Educação Infantil, que tirou o refeitório e espaços importantes para poder cumprir a Lei da Universalização da Educação Infantil. “Não dá para as escolas virarem depósito de alunos. Precisamos ter qualidade de ensino. Vemos turmas superlotadas, ausência de política para a construção de escolas e investimentos para a educação. Isso é inadmissível”, ressalta a diretora do Sinpro Luciana Custódio.
Soma-se a isso a situação dramática que passa os centros de ensino fundamental 03 e 05, que contam com uma grande lista de problemas: advertências do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil com relação ao prédio, que não tem condição de segurança; e o desabamento do teto da cozinha, que atingiu uma servidora. “Precisamos voltar os olhos do poder público para o Paranoá. É preciso ser feito alguma coisa antes que tragédias aconteçam”, comenta Luciana.
 
Ato no Paranoá
Participaram do ato representantes dos centros de ensino fundamental 1, 2, 3, 5 e o Zilda Arns, do Centro de Ensino Médio 1,  além do grêmio estudantil e da comunidade escolar dessas escolas. Os alunos tiveram participação ativa durante a atividade, com falas dos representantes no caminhão de som. Todos(as) reivindicaram que os filhos e filhas do Paranoá e do Itapoã tenham o direito de estudar em sua região.
Luciana Custódio disse que esse ato teve como objetivo principal denunciar a situação dramática da região do Paranoá e Itapoã com relação à falta de condições estruturais para atender os estudantes. “Milhares de alunos precisam estudar fora de sua região, o que desterritorializa os estudantes quando são obrigados a estudarem em outra cidade, pois não tem nada a ver com sua identidade cultural. Não dá para o poder público aparecer somente quando tragédias anunciadas estão para acontecer. Precisamos ter uma política de investimento na educação pública, que perpassa pela construção de escolas no Paranoá, que tem uma demanda reprimida há muitos anos. Estamos com problemas estruturais no prédio do CEF 5, tivemos problemas com o desabamento da cozinha do CEF 3 e precisamos de uma solução urgente”.
A campanha foi divulgada em vários outdoors espalhados pelo Distrito Federal, e o Sinpro realizará atos, manifestações e eventos juntamente com os estudantes e a comunidade escolar, com o objetivo de exigir do GDF o respeito que tanto a Educação quanto os alunos e professores merecem.