Sinpro-DF vai às ruas contra a reforma administrativa

Faixas contra a reforma administrativa (PEC32/2020) no Eixo Rodoviário, em Brasília

 

 

O Sinpro-DF já está nas ruas com a mobilização contra a reforma administrativa. Nesta terça-feira (23), desde às 8h e pelo segundo dia, o sindicato posicionou faixas em todo o percurso do Aeroporto e Eixo Rodoviário para recepcionar parlamentares que chegam em Brasília para o trabalho legislativo no Congresso Nacional e pedir a eles(as) para dizerem não à reforma. A manhã dessa segunda-feira (22) foi o primeiro dia da mobilização contra a reforma administrativa. Também ocupou o mesmo percurso, um dos principais itinerários de quem chega ao Distrito Federal de avião para acessar o Congresso Nacional e as residências oficiais.

 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020 (reforma administrativa) não promove uma reforma para melhorar os serviços. Pelo contrário, mantém os altos salários e privilégios de quem ocupa cargos comissionados do chamado “alto escalão”, transforma o Estado brasileiro e sua estrutura em cabide de empregos de políticos, institucionaliza a corrupção e as negociatas com os cargos públicos e promove uma abertura generalizada para a privatização da prestação de serviços em setores fundamentais e essenciais para a população, uma conquista histórica assegurada na Constituição de 1988..

 

 

“A PEC 32/2020 é uma excrescência dos grupos empresariais para retirar completamente o equilíbrio das prestações de serviços do Estado e enterrar de uma vez a Constituição democrática e cidadã de 1988. É a privatização do Estado. É o fim do concurso público – único mecanismo democrático de acesso aos cargos públicos que evita a sua transformação em cabide de empregos – e da estabilidade, instrumento público que garante aos servidores a segurança na fiscalização das ingerências de empresários e políticos nos serviços. A PEC é o fim dos serviços públicos e gratuitos”, alerta a diretoria colegiada do Sinpro-DF.

A mobilização faz parte da campanha “O servidor é legal. A reforma, não”, que o sindicato oficializou, na quinta-feira (18). Antes do carnaval deste ano, a campanha já estava nas ruas, em outdoors e outras mídias sociais pela Internet. O movimento busca a conscientizar e mobilizar os(as) parlamentares, o(a) trabalhador(a) do serviço público e a população sobre os objetivos e efeitos deletérios da reforma administrativa do governo Jair Bolsonaro na vida dos brasileiros e apontar quem vai ficar no prejuízo caso isso seja aprovado. 

Com a reforma administrativa de Bolsonaro/Paulo Guedes, o Brasil terá menos educação, segurança, saúde pública, investimento em geração de emprego e renda, saneamento básico, luz, água e esgoto, direito à moradia, enfim, menos todos os direitos fundamentais, que serão mercantilizados, privatizados e reduzidos ao mínimo, como ocorreu no Chile e em outros países que tiveram de reestatizar suas empresas, como EUA, Inglaterra e outros.

Confira as fotos da mobilização: