Solidariedade à enfermeira agredida e repúdio à violência contra servidores

A política de violência representada em projetos e inflada por discursos de Jair Bolsonaro e apoiadores vem se alastrando. Além dos grupos historicamente atingidos, como o povo negro, indígenas, LGBTQIA+ e mulheres, são cada vez mais vítimas potenciais da barbárie os servidores públicos.

No último dia 29 de setembro, uma enfermeira levou um soco no rosto de um homem que exigia prioridade na fila de atendimento por ser dono do imóvel onde funciona a Unidade Básica de Saúde nº 1 de Vicente Pires.

Segundo o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF), esse é o segundo caso do tipo registrado em menos de dez dias. A entidade sindical ainda afirma que essa é “uma realidade que passa longe de ser atípica, pois são diários os relatos e denúncias de profissionais sofrendo com assédio e o risco iminente de agressão durante o exercício das suas funções”.

A agressão a servidores públicos, infelizmente, não é uma exclusividade do setor da saúde. Na educação também são vários os casos de professores(as) e orientadores(as) educacionais que são hostilizados verbal e fisicamente dentro do ambiente escolar.

Esse revoltante cenário tende a se espraiar com a PEC 32, da reforma administrativa, que banaliza a função e a essencialidade dos serviços e dos servidores públicos, incitando a população a acreditar na mentira de que o funcionalismo é formado por “parasitas”.

O Sinpro-DF se solidariza com a enfermeira vítima de agressão na UBS de Vicente Pires e com todas as servidoras e servidores que se tornaram alvo de uma política avessa a qualquer direito, inclusive os humanos. Ao mesmo tempo, exigimos que os serviços públicos e seus servidores sejam respeitados e valorizados, condição indispensável para que grande parte da população possa garantir ao menos o mínimo de dignidade e para que a democracia possa se consolidar.

Diretoria colegiada do Sinpro-DF