Sinpro-DF entrega carta ao Conselho de Alimentação Escolar e denuncia terceirização

A diretoria colegiada do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) entregou, na quinta-feira (20/2), uma carta ao Conselho de Alimentação Escolar na qual se posiciona contra a terceirização da merenda.

“Na última reunião do Conselho de Alimentação Escolar, da qual faço parte como conselheiro representante do Sinpro, 100% das entidades presentes se posicionaram contrárias à privatização. Vale ressaltar que as falhas existentes não podem ser justificativa para a terceirização, pois o governo deve investir e melhorar a infraestrutura das escolas, das cantinas, dos refeitórios e na qualidade da alimentação escolar”, afirma Samuel Fernandes, diretor de Imprensa do Sinpro-DF.

No documento, o sindicato critica a privatização do fornecimento da merenda no Distrito Federal por meio de terceirização e menciona as experiências malsucedidas de algumas unidades da Federação, como as ocorridas no Estado de São Paulo, onde esse tipo de terceirização causou resultados negativos aos cofres públicos com  impactos nefastos na educação, além de ter sido objeto de desvio de grandes fortunas do dinheiro público.

“Nosso sindicato está atento à pretensa terceirização da merenda escolar na rede pública de ensino e desde os primeiros movimentos esclarece que tem um posicionamento contrário por entender que é dever do Estado manter e dar todo o suporte para o pleno funcionamento do programa de merenda escolar. O Sinpro, integrante do Conselho de Alimentação Escolar do DF, se posicionou contrário, por entender que é mais uma forma de sucateamento da educação pública e por delegar a terceiros o papel que deve ser garantido pelo Estado. O sindicato vai continuar na luta por essa bandeira da escola pública, administrada por funcionários de Carreira da Secretaria de Educação”, afirma Ricado Gama, professor e representante do Sinpro-DF no CAE.

Em São Paulo, há vários casos de contratação, pelo poder público, de empresas suspeitas de corrupção, que ganham dinheiro público com suborno de Prefeitos e de agentes públicos. “Foi o caso de um cartel privado que desviou mais de R$ 1,6 bilhão da merenda escolar de vários municípios do Estado de São Paulo”, diz a Carta.

A diretoria aponta os problemas que a terceirização proposta pelo governo Ibaneis Rocha (MDB) irá acarretar aos mais de 460 estudantes das 683 escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal.

Confira, no link a seguir, a Carta do Sinpro-DF ao Conselho de Alimentação Escolar na íntegra.

Sinpro-DF se posiciona contra a terceirização da merenda escolar