Sinpro-DF convida para o lançamento do Almanaque LGBTQIA+ neste domingo (20)

“Ano passado eu morri, mas este ano eu não morro”. Inspirada nesse verso da música “Sujeito de sorte”, de Belchior, a CUT Brasil lança, no domingo (20), às 15h30, pelo canal da TVT no YouTube, pela TVCom e por suas redes sociais no Facebook e YouTube, bem como pelas redes sociais do Sinpro-DF, a primeira edição do Almanaque LGBTQIA+. Trata-se de um folheto encadernado que, além do calendário do ano, traz diversas indicações úteis sobre a luta contra o preconceito e pelo respeito às identidades de gênero no Brasil e no mundo, além da história de luta desse segmento social.

 

O documento é uma das atividades da central para o homenagear o mês de junho: Mês do Orgulho LGBTQIA+. A equipe editorial e a diretoria da entidade declaram que o almanaque foi elaborado por muitas mãos. Durante a pesquisa e elaboração do conteúdo, “ficou nítido que resistir é pouco frente a um cenário amplo que nem as estatísticas são capazes de abranger. Ainda que represente muito numa sociedade alicerçada sobre os pilares do machismo, do patriarcado e da destruição de tudo que não é padronizado”, diz a introdução do almanaque.

 

O almanaque foi feito a partir de uma necessidade colocada pelos trabalhadores e trabalhadoras LGBTQIA+ e traz como conteúdo as questões centrais do conhecimento básico da história e da luta dos LGBTQIA+. Também visa a ensejar uma relação politizada nos ambientes de trabalho pelo fato de o Brasil atravessar tempos sombrios, com um governo neofascista, preconceituoso, que usa religiões cristãs para naturalizar o ódio contra o outro, criar uma realidade opressora, instituir políticas reacionárias na cena social e implantar educação alienantes.

 “O almanaque faz parte do enfrentamento ao conservadorismo neofascista do governo Bolsonaro e traz conhecimentos básicos da história e da luta dos LGBTQIA+, da relação da violência e da agressão que esse segmento sofre pela ação preconceituosa de parte da sociedade, dos governos e também nos ambientes de trabalho.  Existe, portanto, uma necessidade concreta de auto-organização das pessoas LGBTQIA+ também no mundo do trabalho para um combate efetivo a todo tipo de discriminação, preservação e ampliação de direitos”, afirma Jandyra Uehara, secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT Brasil.

 

A proposta é usar o almanaque para oferecer instruções básicas à classe trabalhadora sobre a relação de respeito e a história de luta desse segmento social, bem como desmistificar os preconceitos, combater as agressões, e, ao mesmo tempo, mostrar a humanidade desse segmento social, revelar a riqueza e a inteligência de uma Nação que respeita as diferenças. Tudo isso por meio da apresentação da cultura e da diversidade da população LGBTQIA+.

“O principal objetivo desse documento é fomentar a ampliação dos coletivos existentes e a formação de novos coletivos LGBTQIA+ em todo o País, nos locais de trabalho, nos ramos profissionais, sindicatos, federações, confederações ligadas à CUT. Já existem vários coletivos ligados à central, mas, agora, o objetivo é intensificar em todo o Brasil para, definitivamente, começar a pôr em prática um mundo melhor e mais justo”, completa Walmir Siqueira (professor Wal), coordenador do Coletivo Nacional LGBTQIA+ da CUT Brasil.

 

O almanaque é um documento exclusivo da CUT Brasil feito em parceria com o Solidarity Center, ligado à AFL-CIO, maior organização sindical dos EUA e do Canadá e busca mostrar que a luta LGBTQIA+ e o mundo do trabalho devem caminhar lado a lado e que essa conexão é essencial para construir um mundo mais justo e igualitário.

Inspirados na música “Sujeito de sorte”, do saudoso cantor e compositor cearense, Belchior, a equipe conta a história dos muitos anônimos que antecederam os tempos atuais e ensinou que a ousadia de ir além da resistência é o que leva a luta para fora dos limites e inspira o a todos no presente.

 

Na música, Belchior faz um relato da luta para sobreviver num país e num mundo de injustiças sociais e repleto de preconceitos: Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte / Porque apesar de muito moço me sinto são e salvo e forte / E tenho comigo pensado Deus é brasileiro e anda do meu lado / E assim já não posso sofrer no ano passado / Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro /Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro.

 

O Sinpro-DF convida a todos e todas para o lançamento do Almanaque LGBTQIA+, no dia 20/6, às 15h30, pelo canal da TVT no YouTube, pela TVCom e pelas redes sociais da CUT Brasil com vários debates com participação do Coletivo Nacional LGBTQIA+ da CUT Brasil, que atua na Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos e que produziu, com outros convidados, o almanaque.  Também terá a participação dos convidados, de Carmen Helena Ferreira Foro, secretária-geral da CUT, e do presidente da entidade, Sérgio Nobre.

Clique aqui, baixe e leia o Almanaque LGBTQIA+

 

 
 

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