Sinpro, CNTE e UNE realizam ato contra os cortes na educação, nesta quinta (9)

Trabalhadores(as) da educação e estudantes de todo o Brasil vêm realizando diversos atos e mobilizações contra os cortes na educação, realizados pelo governo Bolsonaro. Nesta quinta-feira (9/6), Brasília será palco de mais uma ação em defesa da educação. O ato será no Museu Nacional, às 9h.

No final de maio, Bolsonaro bloqueou 14,5% dos recursos repassados ao Ministério da Educação. No mesmo passo que são retirados recursos do setor, sobram escândalos na pasta da educação. Favores a pastores da base aliada, pedidos de propina em ouro, bíblias distribuídas com a foto do ex-ministro Milton Ribeiro, kits de robótica superfaturados enviados a escolas sem água e computadores são alguns casos bizarros que marcam a política direcionada à educação do Brasil.

“Não faltam recursos, falta interesse em mudar o Brasil através da educação”, afirma a União Nacional dos Estudantes (UNE) nas redes sociais.

A tentativa de massacrar a educação também é realizada por outros setores conservadores que, embora não apoiem publicamente Bolsonaro, foram determinantes na ascensão do agora presidente da República. Em maio, chegou à Câmara dos Deputados a proposta de emenda à Constituição (PEC) 206, que estabelece a cobrança de mensalidades em universidades públicas brasileiras. A proposta é de autoria do deputado federal General Peternelli (União Brasil) e teve parecer favorável do relator, deputado Kim Kataguiri (União Brasil). Por pressão da sociedade, a PEC foi suspensa até que a tema passe por audiências públicas. Ou seja, ainda há chances de a cobrança de mensalidades em universidades públicas virar lei.

“Vamos nos somar ao ato contra os cortes na educação, que sempre foi um dos alvos prioritários de Bolsonaro. Isso porque é estratégica e essencial para fazer um país democrático”, afirma a dirigente do Sinpro-DF Luciana Custódio.

Segundo a sindicalista, o governo do DF reproduz a mesma política de destruição da educação. “Aqui, temos professores e orientadores educacionais com salários congelados há sete anos. Além disso, temos salas de aula superlotadas, estudantes com deficiência sem monitores e falta de professores nas escolas”, denuncia.

Também se somam ao ato em Brasília contra os cortes na educação entidades sindicais que representam estudantes secundaristas (Ubes), docentes de universidades (Andes), técnicos-administrativos da Universidade de Brasília (Sintfub), estudantes da UnB (DCE), servidores da Rede Federal de Educação Básica, Técnica e Tecnológica (Sinasefe) e estudantes do Ensino Técnico (Fenet).