Sinpro assina carta com reivindicações em defesa da educação inclusiva
Sinpro e diversas entidades da sociedade civil entregaram a deputados(as) distritais carta com 14 reivindicações para estruturar a educação inclusiva da rede pública de ensino. A ação foi realizada durante ato nesta terça-feira (25/2), na Câmara Legislativa.
Ao receberem o documento, os deputados Gabriel Magno (PT) e Fábio Félix (Psol), presidente da Frente Parlamentar pela Educação Inclusiva, se somaram à luta e colocaram seus mandatos à disposição dos(as) manifestantes.
Para mães de Estudantes com Necessidades Educacionais Especiais presentes no ato, um dos principais problemas impostos à educação inclusiva é a superlotação das salas de aula. “Isso acarreta em atenção inadequada aos Estudantes com Necessidades Educacionais Especiais, ou seja, na privação desses estudantes ao direito à educação pública de qualidade. E não há qualquer resposta do governo a essas reclamações”, afirma o diretor do Sinpro Carlos Maciel, que participou da manifestação.
“Desde a pandemia, quando muitas crianças e jovens migraram das escolas particulares para a rede pública, o governo poderia ter se planejado e se organizado para dar conta da nova demanda, mas insiste em ações paliativas, quando o necessário é a construção de novas unidades escolares. Isso se traduz em turmas superlotadas, principalmente as turmas inclusivas que, por lei, devem ter número reduzido de alunos e mesmo assim estão com lotação muito alta”, analisa a diretora do Sinpro Luciana Custódio.
A carta em defesa da educação inclusiva apresenta reivindicações como prioridade na matrícula escolar; formação obrigatória complementar para os(as) profissionais da Secretaria de Educação na perspectiva da educação inclusiva; novo concurso público para monitores(as); capacitação e formação continuada dos professores para o aprendizado referente a adequação curricular, entre outros.
No documento, os signatários destacam que o Distrito Federal possui mais de 30.300 estudantes na Educação Inclusiva ou em Centros de Ensino Especial, com mais de 830 instituições de ensino que não atendem adequadamente as demandas individuais e coletivas das pessoas com deficiências e/ou doenças raras.
Valorização
Para a diretora do Sinpro Luciana Custódio, defender a educação inclusiva passa, necessariamente, pela valorização dos(as) profissionais desse setor.
“A falta de investimento do GDF na educação pública perpassa por várias questões que também se refletem na educação sob a perspectiva inclusiva”, afirma a dirigente sindical. Entre os problemas citados por ela, estão o número insuficiente de orientadores e orientadoras educacionais na rede pública, o número excessivo de professores(as) em regime de contratação temporária e a redução do número de salas de recursos.
Além do Sinpro, assinam a carta com reivindicações em prol da educação inclusiva: Frente Parlamentar em Defesa da Educação Inclusiva da CLDF, Ápice Down, ABRACI, Instituto Vidas Raras, MAMA, Rede Solidária de Apoio à Inclusão, Coletivo da Advocacia com Deficiência e Neurodivergente, ABRAÇA, DFDOWN, Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down.
Edição: Vanessa Galassi