Sinpro apoia greve geral da educação no Paraná

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Assim como os(as) professores(as) do DF e o Sinpro, os(as) trabalhadores(as) em Educação Pública do Paraná, através da APP-Sindicato, vem há décadas lutando intensamente pela ampliação de seus direitos, por melhores condições de trabalho e consequentemente por uma escola pública de mais qualidade.
Porém, mal o governo Beto Richa (PSDB) teve início, começaram os ataques à escola pública e seus trabalhadores.
Medidas autoritárias e prejudiciais aos/às trabalhadores/as e aos alunos foram tomadas, como o corte de 10 mil funcionários e do não repasse do fundo destinado à manutenção das escolas e compra de materiais. Além disso, o pagamento do terço de férias dos docentes e da rescisão dos 29 mil professores temporários que trabalharam na rede no ano passado ainda não foram realizados.
Por tudo isso, os(as) profesores(as) foram à luta e iniciaram uma greve, aprovada em assembleia da categoria no dia 7 de fevereiro.
Durante esses dias houve avanços, mas a luta dos(as) professore(as) continua.
“A nossa greve continua, porque não houve negociação de nenhum outro ponto da pauta da greve. Estamos em uma greve forte e ficaremos, no Carnaval, no acampamento em frente ao Palácio Iguaçu”, informou o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão. Ele também esclareceu que a retirada dos projetos da Assembleia Legislativa do Paraná [projetos de lei 06/2015 e 60/2015, nocivos aos trabalhadores, e de iniciativa do governo] não é, de jeito nenhum, motivo para nos desmobilizar. “Diante da pressão, o governo retira as medidas. Mas, é claro, já fica subentendido que, num outro momento, eles voltarão a atacar a Educação, a previdência e a carreira dos servidores”, alerta.
Segundo Hermes, a categoria não sai da greve sem o pagamento imediato dos salários em atrasos (PSS, 1/3 de férias, auxílio alimentação e conveniadas). Além disso, a retomada das negociações sobre os temas educacionais e a organização escolar, bem como a retomada do Porte das Escolas (tendo como referência mínima dezembro de 2014). “Com as medidas do governo, houve um verdadeiro desmonte das escolas, com redução de professores, diretores, pedagogos, funcionários, de turmas e matrículas. Algo inaceitável”, denuncia Hermes.
A categoria permanece em greve e os educadores(as) continuarão acampados em frente ao Palácio Iguaçu até depois do Carnaval.
O Sinpro apoia integralmente a luta dos(as) professores(as) do Paraná e entende, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que a educação é um bem, um direito a que todas e todos devem ter acesso. Por isso, não aceitamos que as medidas de contenção de gastos atinjam o que há de mais importante para uma sociedade: a educação. Crianças e jovens não podem ser prejudicadas em nome de contenção de gastos.