Sindicatos CUTistas fortalecem nova direção da TV Comunitária do DF

Foi eleita em assembleia realizada nesse sábado (13) a nova direção da TV Comunitária do Distrito Federal (TV Cidade Livre de Brasília). O grupo, que coordenará os trabalhos da TV pelos próximos quatro anos, tem como reforço a participação de sindicatos filiados à CUT Brasília, além de representações de peso, como docentes e embaixadores.
Para o secretário de Formação da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, “é importante que a CUT e os sindicatos filiados participem ativamente da TV Comunitária, como direção ou como contribuinte”. “Nós, trabalhadores, temos o espaço midiático limitado. Quando uma greve é abordada, por exemplo, o que se mostra é o trânsito engarrafado, o prejuízo causado; nunca se fala o motivo real do movimento, que é um direito constitucional. Sem falar de outros temas que interessam à sociedade, mas que são deixados de lado pela mídia comercial, por interesses escusos. Por isso, temos que valorizar esses espaços que proporcionam a informação com responsabilidade social”, avalia o dirigente CUTista.
A nova composição da TV Comunitária do DF traz na direção Rosilene Correa, do Sindicato dos Professores – Sinpro-DF, como vice-presidente, e representantes do Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Urbanitários – Stiu, Sindicato dos Radialistas, Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados – Sindpd e o Sindicato dos servidores públicos do GDF, Sindser, todos filiados à CUT Brasília.
Desafios
O jornalista Carlos Alberto Almeida, o Beto Almeida, reeleito diretor-presidente da TV Comunitária do DF, afirma que regional ou nacionalmente, a “comunicação ainda é uma agenda travada”. Ele conta que desde a fundação da TV Comunitária, há 17 anos, uma das principais lutas do grupo é pela abertura do sinal da TV para ampliação da recepção em lares da região. O canal hoje pode ser visto apenas pela internet ou por quem tem antena parabólica. “Estamos consolidando e ampliando a representação política, incluindo entidades sindicais, para ver se emplacamos a migração para a TV digital. O que falta é o governo ‘se mexer’”, afirma Beto Almeida.
O diretor-presidente ainda afirma que fazem parte da luta da TV Comunitária do DF a garantia de um Fundo Público de Apoio à Comunicação Pública; a destinação de mídias institucionais da Câmara Legislativa para a TV e rádios comunitárias; o aumento imediato no valor da mídia institucional do GDF destinada à TV Comunitária; a criação do Conselho de Comunicação Social Distrital, entre outros pontos. Segundo ele, o maior obstáculo para esta próxima gestão é lidar com as forças conservadoras tanto da Câmara dos Deputados como da Câmara Legislativa, que ganharam mais assentos nas últimas eleições.