Servidores realizam marcha e ato contra PEC 32, quarta (8/12)

Os primeiros dias de dezembro serão marcados com a 13ª semana de atos contra a reforma administrativa, proposta na PEC 32. O projeto do governo federal vem sendo barrado pela pressão conjunta e contínua de servidores públicos, empregados de empresas públicas e, também, trabalhadores da iniciativa privada.

Na terça-feira, dia 7, manifestantes recepcionarão parlamentares no aeroporto internacional de Brasília, a partir das 7h. Às 14h, será realizada pressão em frente ao anexo II da Câmara.

Na quarta-feira, dia 8, será o dia de maior presença dos servidores. Eles se concentração às 8h no Espaço do Servidor, que fica ao lado do Bloco C da Esplanada dos Ministérios. Durante toda a manhã, serão realizadas falas e ações que mostram os prejuízos da reforma administrativa. Às 14h, será realizada marcha até o anexo II da Câmara dos Deputados, onde será realizado ato contra a proposta que desassegura a prestação de serviços públicos para a sociedade.

Na quinta-feira, dia 9, novamente haverá pressão em frente ao anexo II da Câmara dos Deputados. Dessa vez, pela manhã, a partir das 9h.

“Se essa reforma administrativa ainda não foi aprovada, é porque nós estamos firmes na luta. E devemos permanecer assim. Aliás, essa é uma luta que deve ser de toda a população, pois perdemos nós, servidores e servidoras, mas perde muito mais a população, que poderá ficar sem a prestação de serviços públicos. Isso em um país que tem 15 milhões de desempregados e 20 milhões de pessoas com fome”, ressalta a dirigente do Sinpro-DF Rosilene Corrêa.

Se votar não volta
Embora esteja concluído há pelo menos dois meses, o projeto que prevê a reforma administrativa continua parado na Câmara dos Deputados. Segundo o relator da reforma administrativa, deputado Arthur Maia (DEM-BA), o texto só deve ser finalizado após as eleições. A mesma afirmação foi feita pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do Governo na Câmara. Segundo ele, além da reforma administrativa, a reforma tributária também só será analisada no próximo ano.

Com a pressão dos servidores, que têm como lema “quem votar não volta”, parlamentares temem não assegurar a cadeira no Legislativo nas eleições de 2022 caso apoiem a agenda do governo federal.

“O cenário de agora se mostra favorável. Mas não podemos esfriar a luta”, lembra Rosilene Corrêa, que reforça que as manifestações contra a reforma administrativa devem ser intensificadas.

Depois de uma série de manobras realizadas pelo deputado Arthur Oliveira Maia, a Comissão Especial da Reforma Administrativa aprovou o substitutivo da reforma dia 23 de setembro. Para garantir o resultado, Maia apresentou sete versões de texto para a PEC 32 e trocou oito parlamentares titulares da Comissão.

Pelo rito de tramitação, a PEC 32 segue agora para o plenário da Câmara dos Deputados. Lá, para ser aprovada, ela precisa de pelo menos 308 votos favoráveis. Se garantido esse placar nos dois turnos de votação, a proposta seguirá para o Senado Federal.

Pressione
A pressão contra a reforma administrativa vem sendo feita também nas redes sociais. “Estamos com o trabalho intenso de enviar mensagens para deputados e deputadas exigindo o cancelamento já da reforma. Nosso alvo principal são os parlamentares do DF, mas temos que pressionar todas e todos eles”, afirma a dirigente do Sinpro-DF Letícia Montandon.

Para pressionar, acesse a plataforma Educação Faz Pressão no link https://bit.ly/2XRRlYk