Servidores programam manifestações contra venda de estatais do DF
Já há duas mobilizações programadas por servidores distritais para protestar contra o PLC 467, o famigerado projeto do governo Rollemberg que coloca à venda parte das estatais (BRB, CEB e Caesb), e abre caminho para a privatização dessas empresas públicas.
Nesta quinta (11), às 15h, o plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal se transforma em comissão geral na qual os deputados debaterão a situação econômica e autonomia da Caesb. Os servidores acreditam que esta discussão acabará envolvendo também o PL 467, havendo a necessidade de acompanhar a sessão para pressionar os parlamentares contra o projeto que pretende abrir o capital da Caesb.
Já no dia 17, às 9h, haverá uma audiência pública no plenário da CLDF, onde representantes dos setores envolvidos poderão apresentar aos parlamentares suas posições a respeito do projeto. Paralelamente à audiência pública, ocorrerá ato público organizado pelo Fórum em Defesa das Estatais do DF em frente à Câmara Legislativa, para repudiar a intenção do GDF em vender patrimônio público e para mostrar a indignação dos trabalhadores das três empresas.
O Fórum é formado pelos Sindicatos do Bancários (Seeb) e dos Urbanitários (Stiu) e Sindágua, que representam os empregados do BRB, CEB e Caesb, que estão sob ameaça do projeto. A primeira manifestação das três entidades contra o projeto foi realizada na última terça (9), quando os dos trabalhadores da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) realizaram assembleia de campanha salarial diante da CLDF. Dirigentes dos três sindicatos puderam se expressar neste evento, que constituiu o primeiro ato da união das três entidades que compõem o Fórum em defesa das estatais do DF.
“Estamos em uma onda crescente de mobilização contra o PLC 467. Nós, bancários do BRB, temos de lutar pela PLR (Participação nos Lucros e Resultados) do segundo semestre de 2014, que o banco insiste em não pagar, mas fundamentalmente temos de lutar pela manutenção do BRB essencialmente público, pois a entrada de sócio privado pode desvirtuar o papel do banco, e com certeza atacar conquistas dos bancários”, afirmou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.
“A determinação do governo Rollemberg é aprovar o projeto ainda neste semestre. Nossa reação, juntamente com os trabalhadores da CEB e da Caesb, será o diferencial para convencer os deputados da CLDF a enterrarem este projeto nocivo às empresas estatais do DF”, concluiu o secretário de Bancos Públicos da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), André Nepomuceno, que também é bancário do BRB.