Servidores federais exigem do governo abertura de negociações neste mês

Trabalhadores do Executivo Federal realizaram assembleia nessa terça-feira (31) às 12h30 no espaço do Servidor, localizado na Esplanada dos Ministérios. Além de informes gerais e análise da Campanha Salarial 2015, foram eleitos os delegados que participarão da Plenária da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal – Condsef, a ser realizada no dia 9 de abril.
Definidos na Plenária Nacional da Condsef que foi realizada em novembro de 2014, os eixos da Campanha Salarial da categoria incluem política salarial com correção e reposição das perdas inflacionárias, paridade entre ativos, aposentados e pensionistas, data base em 1° de maio, entre outros pontos.
Na primeira reunião com o ministro do Planejamento, foi apresentado às lideranças sindicais um calendário de negociações que se inicia no mês de maio e termina em julho. Além disso, o ministro deixou claro que a intenção do governo é manter a política de redução gradual das despesas com pessoal em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), que atualmente está no patamar de 4,3% e descartou a possibilidade de reajuste linear de 27,3% revindicado pela categoria.
“Esse calendário é totalmente desfavorável para a categoria, porque inviabiliza a organização dos trabalhadores caso as negociações não avancem. É impossível organizar assembleias, mobilizações e outras atividades de campanha com negociações tão corridas. Por isso, temos que nos mobilizar para que a mesa de negociações seja aberta ainda no mês de abril”, afirma o presidente do Sindsep, Otom Pereira Neves.
Além das questões pertinentes à Campanha Salarial da categoria, os dirigentes sindicais presentes na assembleia reiteraram o calendário de mobilizações do mês de abril convocado pela CUT em defesa dos direitos dos trabalhadores, da democracia e da reforma política.
“Nesse período de dificuldade, temos o dever de derrotar a política golpista em curso nesse país e nós, trabalhadores temos o dever de nos somar às manifestações convocadas pela CUT e lutar pelas nossas maiores conquistas, que são a construção da CUT, dos sindicatos e da democracia”, afirma o secretário de Relações Interssindicais e Parlamentares do Sindsep, Reginaldo Dias da Silva.